COMO SE SAIRIA A NATO EM CONFRONTO DIRETO COM A RÚSSIA? | por Robert Hunter /American Thinker

Em 24 de fevereiro, o presidente Vladimir Putin da Rússia ordenou a invasão da Ucrânia. As forças russas atacaram em várias frentes, apenas para encontrar resistência feroz. Em resposta, o exército russo mudou de marcha. Agora está avançando lenta e metodicamente, executando uma guerra de atrito contra o exército ucraniano. As perspectivas para a Ucrânia são sombrias. A Rússia parece certa de alcançar a vitória, embora com pesadas perdas e danos maciços à infraestrutura e à população da Ucrânia.

Enquanto isso, o Ocidente não ficou ocioso. A Rússia é agora o país mais sancionado do mundo. Tropas ucranianas estão treinando nas instalações da OTAN na Alemanha. Os Estados Unidos transmitem regularmente informações aos militares ucranianos. Há rumores persistentes de conselheiros da OTAN operando com tropas ucranianas em combate. O governo Biden também forneceu bilhões de dólares em assistência militar, culminando em um pacote de ajuda de US$ 40 bilhões.

Mesmo assim, é improvável que o apoio da OTAN impeça uma vitória russa.

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A Falácia dos 2% para a Defesa  | por Carlos Matos Gomes

Quando um dirigente político apresenta a necessidade de aumentar as despesas militares para os 2% do PIB está a considerar-nos implicitamente 98% estúpidos por acreditamos nele. 

Os Estados Unidos, o secretário-geral da NATO e os ministros da Defesa da NATO têm estado a apresentar como necessidade essencial de defesa dos países da Aliança contra a ameaça russa um valor mínimo de 2% do PIB de cada Estado para despesas ditas com a defesa.  

É uma falácia – O termo falácia deriva do verbo latino fallere, que significa enganar. Designa-se por falácia um raciocínio errado com aparência de verdadeiro. Na lógica e na retórica, uma falácia é um argumento logicamente incoerente, sem fundamento, inválido ou falho na tentativa de provar eficazmente o que alega.  

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E A UCRÂNIA AQUI TÃO PERTO… | por Francisco Seixas da Costa

Tudo indica que a Rússia, para travar o reforço de material militar do ocidente à Ucrânia, vá aumentar os ataques de mísseis a linhas ferroviárias e às instalações, cada vez mais civis e situadas em áreas civis, que são utilizadas para esconder esse armamento. A probabilidade desses ataques, oriundos de longa distância, poderem ser menos precisos, tendo civis como “colateral casualties”, é assim cada vez maior.

Relembra-se que a Ucrânia quer aderir à NATO, mas já terá percebido que isso é difícil. Desde o primeiro momento, foi objetivo nunca escondido por Kiev tentar envolver a NATO no conflito. Isso sucedeu, como se recordará, quando pediu que a organização impusesse uma zona de exclusão aérea sobre o seu território, o que foi negado pelos EUA e por alguns aliados sensatos dentro da NATO, porque isso poderia conduzir à guerra Rússia-NATO, com todas as consequências daí decorrentes, que só alguns insconscientes desprezam.

Atenta a evolução da guerra, e não querendo estar a chamar os demónios, arrisco dizer que pode estar a aproximar-se um momento em que a Ucrânia (com os seus amigos NATO do Leste, que, como se sabe, são mais papistas do que o papa e têm, dentro da organização, uma linha discretamente favorável a um envolvimento militar mais ousado) arrisque produzir um incidente grave, para poder justificar um maior envolvimento da NATO. O pior é que pode dar-se o caso de isso também convir à Rússia, na lógica do quanto pior melhor. Nessa altura, é tempo de alguns, por cá, irem a Fátima. E por lá procurarem o segredo da conversão da Rússia…

Retirado do Facebook | Mural de Francisco Seixas da Costa