Category Archives: Vítor Coelho da Silva
Blanca Miró

Josh Groban | February Song | Maria Isabel Fidalgo
Mustt Mustt | Nusrat Fateh Ali Khan
Nusrat Fateh Ali Khan | Mustt Mustt
O sorriso mais belo

Motard

Uma revolução na educação | Arlindo L. Oliveira, Presidente do Instituto Superior Técnico | in Jornal “Público”
De acordo com uma estimativa muito divulgada, 2/3 dos alunos que agora iniciam a sua formação escolar irão trabalhar em profissões que ainda não existem.
O desenvolvimento da tecnologia, com a primeira e segunda revoluções industriais, criou necessidades de educação que não existiam até então. O rápido crescimento dos sistemas de ensino que acompanhou estas revoluções levou à criação de gerações cada vez mais qualificadas, o que, por seu lado, criou condições para a redistribuição de riqueza que, de outra forma, não existiriam.
Durante os séculos XIX e XX, a educação foi vista como algo que se adquire enquanto se é jovem, sendo o paradigma mais comum a obtenção de um grau, médio ou superior, através da frequência escolar durante um período contínuo e prolongado, antes da entrada no mercado de trabalho. A terceira revolução industrial, com a introdução das tecnologias de comunicação e informação, e o rápido desenvolvimento destas tecnologias, veio colocar em causa este paradigma.
Historiadores Sem Fronteiras | Erkki Tuomioja, Historiador e ex-Ministro dos Negócios Estrangeiros finlandês | in jornal “Expresso”
HISTORIADOR E POLÍTICO Tuomioja é um social-democrata e veterano da política finlandesa. Foi ministro por três vezes, duas delas como chefe da diplomacia do seu país.
A propósito de uma visita a Lisboa para um seminário no ISCTE sobre o seu projeto “Historiadores Sem Fronteiras”, o historiador e ex-ministro dos Negócios Estrangeiros finlandês Erkki Tuomioja falou com o Expresso sobre o papel da História, a “pós-verdade”, a Rússia de Putin, o momento que a Europa atravessa e a nova América, onde “se podia dizer tudo durante a campanha, mesmo que não tivesse nada que ver com a verdade”. “E não podemos ser demasiado sérios a criticar os americanos, porque temos o mesmo fenómeno em muitos países europeus”.
Nascido numa família de políticos, Erkki Tuomioja desde cedo ocupou diversos cargos públicos como membro do partido social-democrata finlandês. Conhecido ativista antiguerra, o jovem que em tempos participou na ocupação de parte da Universidade de Helsínquia em protesto viria mais tarde a ter a seu cargo a pasta dos Negócios Estrangeiros por duas vezes (2000-2007 e 2011-2015). Foi também ministro do Comércio e tem mais de 30 anos de experiência como deputado, cargo que ainda exerce. Para o próprio, o facto de vestir o fato de historiador além do de político não é um problema, já que “História e política sempre estiveram interligadas”, diz. Por isso mesmo, Tuomioja decidiu criar a rede “Historiadores Sem Fronteiras”, fundada em maio de 2016.
A preto e branco

Ignacio Morgado Bernal | Razões científicas para ler mais do que lemos
A leitura, além de melhorar a empatia e o entendimento dos demais, é um dos melhores exercícios possíveis para manter em forma o cérebro e as capacidades mentais
O Brasil tem mais leitores a cada ano. Em 2011, eram 50% da população. Em 2015, eram 56%, segundo a pesquisa Retratos da Leitura no Brasil. Contudo, isso também significa que 44% da população não lê. Ainda pior: 30% nunca comprou um livro. Alguns argumentos científicos, em especial da neurociência, podem ajudar a melhorar esses índices.
NEW YORK, Nov. 18, 2010 – Kiran Ahluwalia, Rez Abbasi, and Will Holshouser perform a piece based on Faiz Ahmed Faiz’s verse.
Tamikrest & Kiran Ahluwalia
Corpos

Tinariwen & Kiran Ahluwalia Mustt Mustt
La chanteuse indienne Kiran Ahluwalia est tombée sous le charme des rythmes et des guitares tamashek puisqu’elle a enregistré 1 titre avec Tinariwen et 2 autres avec Terakaft. L’album s’intitule “Aam Zameen” et est produit par Justin Adams (producteur dans le passé de 2 albums de Tinariwen).
Pernas

Tamikrest | Aratan N Tinariwen
Sombras

Tamikrest & Kiran Ahluwalia
Olhares

Kiran Ahluwalia
Vermelho e Preto

Macyn Taylor | Sweet Home Chicago
Oh baby don’t you want to go
Come on
Oh baby don’t you want to go
Back to that same old place
Sweet home Chicago
Baby don’t you want to go
Hidehey
Baby don’t you want to go
Back to that same old place
Oh sweet home Chicago
Six and two is eight
Come on baby don’t ya make me late
Hidehey
Baby don’t you want to go
Back to that same old place
Sweet home Chicago
Baby don’t you want to go
Back to that same old place
Sweet home Chicago
Nine and nine is eighteen
Look there…
Macyn Taylor | Ramblin’ On My Mind
Dmitri Hvorostovsky | Farewell, Happiness, a folk song a capella
“Farewell, happiness, my life,
I know you go around without me
It means we must part;
I won’t see you any more
Dark little night! Ah, but I can not sleep!
I myself don’t know why
You, dear little girl, …
You alone disturb me,
You alone deprived me of rest.
(refrain; Dark etc)
Remember, remember that May day,
My dear one and I went to swim.
We sat on the sand,
On the yellow, the soft sand.
Dark little night! Ah, but I can not sleep…”
Elīna Garanča | “Una voce poco fa”
Elīna Garanča singing Rosina’s aria (“Una voce poco fa”) from the opera “Il Barbiere di Siviglia” (“The Barber of Seville”) by Gioachino Rossini at the Nobel Peace Prize ceremony in 2007.
Elīna Garanča | L’italiana in Algeri | Per lui che adoro
De castanho

European Parliament to analyze proposal to give robots legal status and responsibilities | Arlindo L. Oliveira in “Digital Minds”
The committee on legal affairs of the European Parliament has drafted and approved a report that addresses many of the legal, social and financial consequences of the development of robots and artificial intelligence (AI).
The draft report addresses a large number of issues related with the advances of robotics, AI and related technologies, and proposes a number of european regulations to govern the utilization of robots and other advanced AI agents.
The report was approved with a 17-2 vote (and two abstentions) by the parliament’s legal affairs committee.
Among many other issues addressed, the report considers:
- The question of legal status: “whereas, ultimately, robots’ autonomy raises the question of their nature in the light of the existing legal categories – of whether they should be regarded as natural persons, legal persons, animals or objects – or whether a new category should be created”, advancing with the proposal of “creating a specific legal status for robots, so that at least the most sophisticated autonomous robots could be established as having the status of electronic persons with specific rights and obligations…”
- The impact of robotics and AI on employment and social security, and concludes that “consideration should be given to the possible need to
introduce corporate reporting requirements on the extent and proportion of the contribution of robotics and AI to the economic results of a company for the purpose of taxation and social security contributions; takes the view that in the light of the possible effects on the labour market of robotics and AI a general basic income should be seriously considered, and invites all Member States to do so;” - The need for a clear and unambiguous registration system for robots, recommending that “a system of registration of advanced robots should be introduced, and calls on the Commission to establish criteria for the classification of robots with a view to identifying the robots that would need to be registered;”
European Parliament committee approves proposal to give robots legal status and responsibilities
História da Oposição à Ditadura 1926-1974 | Irene Flunser Pimentel

Esta é a história da oposição ao regime ditatorial que marcou metade do século XX português. Das várias oposições, dos seus ideais e dos seus conflitos, dos seus feitos e dos seus fracassos. É a história dos homens e das mulheres que resistiram à Ditadura Militar e ao Estado Novo.
Irene Flunser Pimentel licenciou-se em História pela Faculdade de Letras da Universidade Clássica de Lisboa, em 1984. Conclui o mestrado em História Contemporânea (variante Século XX) pela Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, com a tese Contributos para a História (ver mais)
Rosto

Mulher de vermelho

Em tempo de frio

2017 | O ano em que defendemos a nossa posição | DiEM25
Estamos agora a entrar numa fase intensa de expansão do nosso movimento na luta pela democratização da EU.
Os detalhes serão anunciados em breve mas por agora encontra-se aqui um resumo do que planeámos para os próximos três meses:
Janeiro 27-28: O DiEM25 aterra em Londres para finalmente lançar o nosso movimento lá. Os nossos membros no RU encontram-se agora a definir a organização para refletir o futuro pós-Brexit e contribuir para a cimentação da “Internacional Progressista”.
Srećko Horvat, Elif Shafak e Yanis Varoufakis do DiEM25 vão falar na conferência do Guardian sobre o Brexit no dia 27 de Janeiro no Central Hall Westminster. No dia seguinte o nosso movimento vai ter uma reunião aberta das 10:00 às 13:00 no Conway Hall, Londres Central.
Oleogarquia | a aliança Trump/Putin explicada | João Camargo in Esquerda.net
O jogo chama-se Oleogarquia – Oiligarchy em inglês – e pode ser jogado online aqui(link is external). É um jogo de 2008, simples e realista: é-se o presidente de uma empresa petrolífera americana no final da 2ª Guerra Mundial e o objectivo é o mais simples de todos: fazer dinheiro através da exploração de petróleo. Há no início 5 locais para possível prospecção e extracção: o Texas sem qualquer restrição, o Iraque que é um país independente e onde portanto não se pode extrair, o Alasca, zona protegida onde é proibido extrair em terra e no mar, a Venezuela em que, apesar de ser um país independente, é possível extrair em terra e no offshore, e a Nigéria onde, também sendo um país independente, é possível explorar petróleo em terra.
Espelho

Brincar em harmonia

República

O Bochechas, a descolonização e nós | José Ribeiro e Castro in Jornal “Público”
1. O falecimento de Mário Soares era notícia esperada. Sabia-se da fragilidade da sua saúde, desde que, há um ano, desaparecera da televisão — Mário Soares foi figura pública, activa e opiniosa, até ao último dia que lhe apeteceu. Após o recente internamento, esperava-se a qualquer momento. Foi sem surpresa que soubemos e até com algum alívio: o alívio que reservamos aos que estimamos — por se abreviar o sofrimento próprio, dos familiares e amigos mais próximos.
Na voz popular, “morreu o Bochechas”. Peço licença, com a mesma irreverência com que ele sempre lidou com os poderes e os mitos, para usar o cognome por que a generalidade dos portugueses o conheceu. Expressão de bom humor, era sinal de carinho e não de sarcasmo. Também se riu disso. Esse cognome e o sorriso cúmplice abraçam o essencial da razão por que o rodeia na hora da morte uma quase unanimidade. É um eco, novo e refrescado, da quase unanimidade que marcou a reeleição presidencial em 1991. Explica que ele tenha inaugurado, como mais ninguém poderia ter feito, aquela expressão e ideia que, desde então, nunca mais se apagou: “o Presidente de todos os Portugueses”. E é o eco popular da excepcionalidade de estatuto que, progressivamente, lhe foi sendo reconhecida.
La Traviata – Scena ed Aria – Finale, “Follie! Follie! Delirio vano è questo! – Sempre libera”
Barcarolle – Anna Netrebko & Elina Garanca – Offenbach Barcarola
Programme de « la nuit des idées » à Alger
Un format de rencontres innovant débarque à Alger en janvier et promet une nuit blanche remplie d’activités culturelles.
« La Nuit des Idées« , c’est le nom de ces rencontres culturelles qui « circulent à travers le monde » et qui feront une halte à Alger du 25 au 27 janvier prochain, à l’initiative de l’Institut français de la ville.
Ouverte à tous les curieux, la Nuit des Idées débutera le 26 janvier à 17h pour se clôre le 27 janvier à 2h du matin, avec à chaque fois et dans chaque lieu, une activité culturelle différente placée sous le thème « un monde commun ».
La cinémathèque algérienne, l’Institut en lui-même, le Centre Diocésain des Glycines sont autant de lieux qui accueilleront la manifestation, et les expositions, conférences et autres projections de prévues pour l’occasion.
Programme de la Nuit des Idées d’Alger
Baile

QUAL A MINHA IDEIA SOBRE O MOVIMENTO DOS CAPITÃES? | Aniceto Afonso | In Blog “Fio da História”
Em 2010, fui convidado a participar numa Jornada de Estudos no ISCTE, sobre o tema “Militares e Sociedade, Marinha e Política”.
Apresentei uma comunicação sobre o Movimento dos Capitães e a forma como eu próprio via o aparecimento e o desempenho desse movimento.
O texto veio depois a ser publicado, pelo que destaco aqui apenas a sua primeira parte, como enquadramento da questão.
A primeira vez que me propus estudar este movimento como fenómeno social, fi-lo com o meu amigo, coronel e sociólogo, Manuel Braz da Costa, sendo o texto publicado na Revista Crítica de Ciências Sociais (CES, Coimbra), nº 15/16/17 de Maio de 1985, acessível on-line.
Reformulado, este estudo foi depois publicado por Luísa Tiago de Oliveira em “Militares e Política – o 25 de Abril”, 2014.
Aqui fica, com um título um pouco diferente…
Após o 25 de Abril, os participantes do Movimento dos Capitães sabiam bem que o movimento era obra de uns tantos, e não de todos, nem sequer de muitos. A nossa lógica construiu-se em bases bem determinadas, mas nem sempre coincidentes. É certo que não ignorávamos a oposição ao regime, pois a história nos ensinava que ao longo da ditadura muitas vozes de militares se tinham levantado, sempre prontamente dominadas pela acção dos defensores do regime. Mas o que nos uniu, a um certo número de militares do Exército, foi a oposição à guerra, ou à forma de fazer aquela guerra, ou ao desprestígio das Forças Armadas (a que pertencíamos) por causa daquela guerra. Tudo começou com pequenos ou muito pequenos núcleos de oficiais que se atreveram (porque a necessidade era premente) a falar sobre a guerra e sobre o regime a propósito da guerra.
J.L. Pio Abreu: “Elas não encontram homens que lhes despertem a líbido” | In Revista “Sábado”
Neste livro (A Queda dos Machos), em forma de 20 cartas dirigidas às amigas, o psiquiatra de Coimbra diz que dá voz aos homens, enquanto escreve às mulheres, defendendo-os. No entanto, afirma que não promove o machismo – que, aliás, passou a ser uma “palavra proibida” – mas acha que vivemos tempos de um feminismo exacerbado, em que a tendência de acabar com os géneros é absurda. Em A Queda dos Machos, editado pela Dom Quixote, José Luís Pio Abreu convida a reflectir sobre a actual relação dos homens e das mulheres.
Porque é que decidiu escrever este livro assim, em cartas às suas amigas?
Foi talvez a forma mais directa de escrever e também para amenizar um pouco as constatações que faço. Amenizar no sentido de não dizer mal do feminismo. Este é o modo como eu me dirijo às mulheres e tem a ver com o facto de muitas vezes ter de lhes dizer “cuidado com os homens” porque elas não os entendem, não os conhecem e não os tratam bem.
As mulheres não tratam bem os homens?
Em geral, não. Há uma grande diferença de entendimento – é muito difícil para uma mulher compreender um homem, tal como para um homem compreender uma mulher. É um facto antigo. As relações humanas são muito paradoxais, não são simples e muito menos naturais. E posso dizer que quem está em maiores dificuldades são as gerações mais novas.
2017 | Paz, Amor e Solidariedade

Rolling Stones | Angie
Angie, Angie
When will those clouds all disappear?
Angie, Angie
Where will it lead us from here?
With no lovin’ in our souls and no money in our coats
You can’t say we’re satisfied
But Angie, Angie
You can’t say we never tried
Angie, you’re beautiful
But I hate that sadness in your eyes
Angie, I still love you baby
Remember all those nights we cried
All the dreams we held so close
Seemed to all go up in smoke
Let me whisper in your ear
Angie, Angie
Where will it lead us from here? Yeah
All the dreams we held so close
Seemed to all go up in smoke
Hate that sadness in your eyes
But Angie, I still love you baby
Everywhere I look I see your eyes
There ain’t a woman that comes close to you
Come on baby dry your eyes
But Angie, Angie
Ain’t it good to be alive
Angie, Angie, you can’t say we never tried.
A ascensão da nova ignorância | José Pacheco Pereira in “Público”
Nada é mais significativo e deprimente do que ver pessoas que estão juntas, mas que quase não se falam, e estão atentas ao telemóvel.
Entre os temas tabu dos nossos dias está a ignorância. Parece que falar da ignorância coloca logo quem o faz numa situação de arrogância intelectual, o que inibe muita gente de a nomear. Mas não há muita razão para se enfiar essa carapuça, tanto mais que o problema é enorme e está agravar-se e a assumir novas formas, socialmente agressivas. Acompanha outro tipo de fenómenos como o populismo, a chamada “pós-verdade”, a circulação indiferenciada de notícias falsas, e, o que é mais grave, a indiferença sobre a sua verificação. Não explica, nem é a causa de nenhum destes fenómenos, mas é sua parente próxima e faz parte da mesma família. É, repetindo uma fórmula que já usei, como se de repente se deixasse de ir ao médico, e se passasse a ir ao curandeiro.
Tom Hiddleston Imita Robert DeNiro | The Graham Norton Show
Cheb Mami & Zucchero | Cosi Celeste
Pink Floyd | Another Brick In The Wall
We don’t need no thought control
No dark sarcasm in the classroom
Teachers leave them kids alone
Hey teacher leave them kids alone
All in all it’s just another brick in the wall
All in all you’re just another brick in the wall
[chorus at end by pupils from the Fourth Form Music Class Islington Green School, London]
We don’t need no education
We don’t need no thought control
No dark sarcasm in the classroom
Teachers leave them kids alone
Hey teacher leave us kids alone
All in all you’re just another brick in the wall
All in all you’re just another brick in the wall
Helping Haiti | Everybody Hurts
Citação | Professor João Lobo Antunes
(…) Pela impureza das palavras que se dizem. O desrespeito pela verdade, a violência dos termos, o estarmos longe daquilo que alguém chamou de “democracia humilde”, aquela que aceita o ponto de vista do outro, ouvindo-o. Fernando Gil falava muito da má-fé, que é um sentimento relacional e significa que a nossa posição está tomada antes de ouvirmos o argumento do outro. Passados os 70 anos tenho pena de estar a viver este tempo.
– Um tempo de má-fé? – sim, um tempo de má-fé.
(Professor João Lobo Antunes)
Um passo mais para o caos | José Goulão
O ano de 2016 representou, em todo o Médio Oriente, mais um passo em direcção ao caos que os estrategos de Washington e do poder absoluto dos Estados Unidos sobre a globalização – independentemente do ocupante da Casa Branca – dizem ser construtivo.
Nos anos 90 do século passado, sobre os escombros da União Soviética e quando a unipolaridade sob tutela norte-americana reinava, com poder absoluto, em quase todo o mundo, o Dr. Paul Wolwovitz cavalgou as nuvens do tempo e sentenciou: «O nosso principal objectivo é evitar o ressurgimento de qualquer rival que signifique uma ameaça semelhante à da anterior União Soviética, tanto na ex-URSS como em qualquer outro lugar. Esta é a base da nossa nova estratégia de defesa regional, e exige o nosso esforço para evitar que uma potência hostil domine uma região cujos recursos, sob um poder consolidado, sejam suficientes para gerar a energia global».
Isto vai dar um estoiro um dia destes | J. Nascimento Rodrigues
A nova fase da revolução tecnológica capitalista, desde a WWW de Beners-Lee e da previsão de Peter Drucker que em 2020 cerca de 40% da população ativa nas economias desenvolvidas serão o que ele designou de trabalhadores do conhecimento, abriu enormes oportunidades para uma vaga de novos empreendedores que conseguiram construir os novos monopólios e oligopólios do inicio do século XXI, foi o berço de uma nova classe de gente que vive de rendas e de uma aristocracia de empregos de ouro ou diamante.
Mas criou o mais vasto, enorme, gigantesco, exército de mão de obra com qualificações elevadas jamais vistas nas economias desenvolvidas, mas … com um horizonte de carreira (?) sombrio, com rendimentos tendencialmente decrescentes (sempre que são forçados a mudar de emprego ou de cliente dos seus serviços), emprego intermitente, períodos de subemprego e mesmo desemprego estrutural (sobretudo quando a idade avança dos 40 para cima),
negócios flutuantes (isto é um eufemismo para os falhanços sucessivos),
projetos de família difíceis de alimentar, dependência cada vez maior de familiares a montante na cadeia reprodutiva.
Como acabam as Repúblicas | Paul Krugman | in “Esquerda.Net”
Paul Krugman reflete sobre a decadência da República de Roma e a democracia nos EUA, publicado no blog do NYTimes – The Conscience of a Liberal.
Muitas pessoas reagem ao Trumpismo e movimentos xenófobos na Europa olhando para a História – especificamente, a história dos anos 30. E estão certos em fazê-lo. É necessário uma cegueira voluntária para não ver os paralelos entre o surgir do fascismo no séc. XX e o pesadelo político atual.
Mas os anos 30 não são a única década com lições úteis. Ultimamente, tenho lido bastante sobre o mundo antigo. Inicialmente, devo admitir, como entertenimento e refúgio das notícias que pioram a cada dia que passa. Mas não pude deixar de reparar nos ecos contemporâneos de parte da história de Roma – especificamente, a lenda de como a República Romana caiu.
Boas Festas!

Feliz Ano de 2017

De negro e vermelho

A LIÇÃO DA SÍRIA | Por Carlos Fino in “Facebook”
A narrativa ocidental sobre a guerra na Síria é simples – era uma vez um ditador chamado Assad contra o qual, em 2011, o povo se ergueu pedindo democracia; o ditador mandou prender, torturar e bombardear os rebeldes e aí começou uma guerra civil que dura até hoje.
Uma guerra terrível, que já fez meio milhão de mortos e provocou milhões de refugiados – mais de metade da população, deixando um rasto de devastação e ruínas, a ponto de estar em causa a própria sobrevivência do país, agora retalhado em zonas de influência.
O problema com esta narrativa é que ela não se sustenta inteiramente. Tem, é certo, elementos de verdade – Assad é um ditador, a perseguição aos opositores é terrível, havendo até suspeitas (como no caso de Saddam, no Iraque) de utilização de armas químicas contra populações civis.
Mas esse esquema interpretativo deixa na sombra as razões mais profundas do conflito: o embate regional entre as duas grandes correntes do Islão – sunitas contra xiitas – e, tanto ou mais importante ainda, a luta pelos recursos energéticos da região.
Festa Literária Internacional de Paraty | 26 a 30 de julho de 2017

Apoie a Flip
A Associação Casa Azul, entidade sem fins lucrativos organizadora da Flip, anuncia sua campanha para doações de fim de ano. Além de apoiar a realização do evento, você estará ajudando na manutenção da Biblioteca Casa Azul e de programas de incentivo à leitura, que funcionam ao longo de todo o ano com foco em crianças e jovens de Paraty (saiba mais).
As doações podem ser diretas, pela adesão ao Programa de Patronos (veja aqui as possibilidades de participação) ou incentivadas, sendo neste caso dedutíveis do imposto de renda de pessoas físicas e jurídicas ou do ICMS/RJ de empresas.
Mande um e-mail agora para [parcerias@casaazul.org.br]parcerias@casaazul.org.br e nós entraremos em contato.
A 15ª edição da Festa Literária Internacional de Paraty vai acontecer de 26 a 30 de julho de 2017, com a curadoria da jornalista Joselia Aguiar e homenagem a Lima Barreto. Veja aqui um pouco da história do autor homenageado de 2017.
Aniceto Afonso e Carlos Matos Gomes in “Os Anos da Guerra Colonial” | Continuação
Ainda a propósito das efervescências patrioteiras a despropósito das responsabilidades do dr Mário Soares na descolonização.
Em primeiro lugar não foi o doutor Mário Soares que decidiu derrubar o a ditadura, nem terminar com o sistema colonial que após 13 anos de guerra não tinha outra solução que não fosse continuar a guerra.
Não foi o dr Mario Soares que decidiu o cessar fogo na Guiné, nem o estabelecimento de conversações com o PAIGC.
Não foi o dri Mário Soares que decidiu estabelecer ligações com a Frelimo, nem com os 3 movimentos em Angola. Foram alguns militares, entre os quais me orgulho de estar incluído.
Antes desses militares, os do 25 de Abril, já o professor Marcelo Caetano estabelecera conversações com o PAIGC em Londres, com o MPLA através de Paris e Roma, com a Frelimo através do engenheiro Jardim e de Keneth Kaunda.da Zambia (planos Lusaka).
Já vários generais conspiravam para derrubar Marcelo Caetano, Spinola, Kaulza de Arriaga, entre outros.
Mas, antes de tudo, já o doutor Salazar se tinha comportado com a estranha inação perante os massacres de Março de 1961, para se manter no poder e mais tarde, em Dezembro, deixaria os militares portugueses . abandonados na Índia.
Isto é, quanto a “traidores”, traidores a sério, chefes que traem os seus militares estamos conversados.
Fábrica de Cultura | Minde | 23 de Dezembro de 2017

ANGOLA | OS MASSACRES DE MARÇO DE 1961 | Os sinais que Salazar não quis receber | Aniceto Afonso e Carlos Matos Gomes in “Os Anos da Guerra Colonial”
Soares e a descolonização. Circula por aí um texto de propaganda negra de pretensas afirmações de Mário Soares sobre a descolonização com o título de uma frase referente aos colonos: “Atirem-nos ao mar”, ou qq coisa do género, que há uns anos aparecia atribuída a Rosa Coutinho. O texto é uma manifestação de estupidez de quem os publica. Acreditar que algum dirigente político faça uma afirmação daquelas em público é estupidez, ninguem faz. Tive divergências políticas sérias com a forma como as opções políticas do doutor Mário Soares após o 25 de abril, mas há a verdade, a descolonização tem outro responsável. Tentar que alguém acredite é tomar os outros por estúpidos. Agora o que é verdade é que Salazar sabia que os massacres de Março de 1961 iam ocorrer naquela data e nada fez. E isso sim é verdadeiramente criminoso. Eu e o Aniceto Afonso publicámos o seguinte texto na obra “Os Anos da Guerra Colonial” – Edição QuidNovi Porto 2010 com 9 (Nove) notícias do que ia acontecer e que eram do conhecimento do governo de Salazar, que não agiu.
Natal é ter Mãe. Para quem a tem, para quem a guarda na memória, é sempre Natal. | Inês Salvador
Em tempos idos tive uma ocupação profissional que me levava a visitar prisões e a ter contacto com populações prisionais, melhor dito, com parte delas. A hora das visitas era sempre vivida com muita ansiedade, gente que vinha do mundo “lá fora”, que trazia esse cheiro, esse olhar, esse brilho. Vem, não vem, quem vem, e para muitos nunca ia ninguém. Para os que ia sempre alguém, ia sempre a Mãe. Mãe que pudesse estava lá sempre! Do lado de fora, perto da hora da visita iam-se juntando, irmãos, primos, outra família, amigos, mas sempre as Mães, até serem sempre e só as Mães. Enquanto esperavam o ritual era o mesmo. As novas naquilo guardavam uma distância de reserva, como se estivessem ali por engano, as mais assíduas já se falavam, entretinham o tempo da espera com conversa. Ah, o meu não fez nada, veio aqui parar, mas isto foi das companhias. Ah, pois, o meu, coitado, nem sabia ao que ia, sempre foi tão bom filho e agora uma coisa destas. Foi a droga. Ah, sim! Foi apanhado com quanto? Umas gramas. Isso não é nada. Ao meu, quando os apanharam, levavam mais de 1kg. E logo outra intervinha: o meu é que sim, fez um assalto à mão armada, nunca o imaginei capaz de tal coisa. Um assalto?! Pois o meu está acusado de 7! E da desculpabilização, a todas as justificações impossíveis para o desfecho de estarem ali, rapidamente passavam à escalada de meças do estranho orgulho de que em criminoso o meu filho é melhor que o teu. O orgulho de Mãe não olha a meios, por mais adversas que sejam as circunstâncias, o filho nunca sai mal visto. Abriam-se as portas e entravam, aliviadas das revistas e inspecções a elas e a tudo o que carregavam. Mãe chega sempre carregada de farnéis e marmitas e de tudo o que lhe seja possível para fazer ninho ao filho. Na época do Natal os ânimos alteravam-se, família que é família é mais família no Natal e o Natal sem a família não faz sentido. Será que lhe dão a precária, será que vai passar o Natal a casa? Mães e Mães, pais poucos, desapareciam. Quando iam, naquela vez em que iam, mantinham-se “ao largo”, alheios, distantes, não falavam, incapazes de olhar o espelho da sua própria genética, incapazes da consciência pública da sua marca deixada ao mundo. Honrosas excepções sejam feitas, a maioria dos pais desaparecia. As Mães mantinham-se estoicamente como só uma Mãe pode ser. Sem falhas, sem atrasos, sem vacilar. Se o povo diz que quem tem Mãe tem tudo, garanto-vos do que vi e ouvi nesses tempos, que Natal é ter Mãe. Para quem a tem, para quem a guarda na memória, é sempre Natal. Alivie-nos a vida de nos provar isso.
Retirado do Facebook | Mural de Inês Salvador
Declaração Universal dos Direitos Humanos *
Adoptada e proclamada pela Assembleia Geral na sua Resolução 217A (III) de 10 de Dezembro de 1948.
Publicada no Diário da República, I Série A, n.º 57/78, de 9 de Março de 1978, mediante aviso do Ministério dos Negócios Estrangeiros.
Bob Dylan’s Nobel Prize in Literature Banquet Speech
When the news came out in early October that Bob Dylan was getting the Nobel Prize in Literature, it seemed like everyone had an opinion on the decision, with the very notable exception of the songwriter himself.
Some writers like Gary Shteyngart and Jason Pinter felt the first American to win a Nobel since Toni Morrison in 1993 should have gone to someone else, while Stephen King, Jonathan Lethem and many others hailed it as a brilliant move. For weeks and weeks there was nothing but silence from the Dylan camp, and and Nobel Committee told the press nobody was returning their calls. “One can say that it is impolite and arrogant,” said Per Wastberg, a member of the Nobel Committee. “He is who he is.”
Dylan finally broke his silence on October 29th during an interview with the Telegraph about his upcoming art show. “It’s hard to believe,” he said. “Amazing, incredible. Who dreams about something like that.” Writer Edna Gundersen asked if he planned on attending the ceremony in Stockholm. “Absolutely,” he said. “If it’s at all possible.” With his tour ending weeks earlier, it seemed quite possible he’d be able to get out there, especially since nearly every able-bodied winner over the past few decades has found a way to make it.
As estrelas Michelin | Inês Salvador
Ando um bocadinho apoquentada com a última saraivada do arquiteto torresmo Saraiva. Deu-lhe para desprezar as estrelas Michelin atribuídas aos restaurantes portugueses, nomeadamente, no advérbio do arquiteto, porque esses restaurantes não servem cozinha tradicional portuguesa. Mais saraivada, menos saraivada, já não se liga, o que apoquenta é ver a quantidade de apoiantes que colheu com isto. É ver num post alusivo a horda de apoiantes que junta, e pasme-se, a clamar pela quantidade de comida servida nos pratos dos chefs. Bom, está visto que esta gente toda nunca pôs o pé num destes restaurantes, não surpreende, são caros. Falam do que imaginam, do que vêem nas fotos, desconhecem o ritual, estão na fase primária de que comer bem é comer muito, é enfardar. Estão no terceiro mundo de uma infância passada com fome, senão foi a deles, foi ainda a dos pais, a dos avós. Há um gene faminto que persiste do tempo de uma sardinha para três, do tempo recente que era doutra senhora, um gene que persiste na memória, mesmo na mais inconsciente. Um gene da pobreza que estes tempos de crise acordaram a dominante. Tranquilize-se o gene. A estes restaurantes não se vai comer uma amostra de comida. Frequentemente, e assim compete, degusta-se, não se enfarda. Faz-se da mesa a arte da qualidade e não da quantidade. Faz-se da mesa uma arte, ponto.
Fidel e o encanzinamento da direita | Francisco Louçã in jornal “Público”
O problema da direita com Fidel não é a democracia, é flutuarem no tempo ao sabor dos ventos e da vontade de ajustes de contas caseiros.
Capitalism will eat democracy — unless we speak up | Yanis Varoufakis
Patti Smith | A Hard Rain’s A-Gonna Fall (ceremonia Nobel 2016)
Patti Smith cantou e emocionou-se. Na cerimónia de entrega dos prémios Nobel, na tarde deste sábado, em Estocolmo, a artista teve um momento de bloqueio, esqueceu-se da letra, interrompeu a actuação, pediu desculpa dizendo que estava muito nervosa, solicitou à orquestra para recomeçar e retomou a canção A hard rain’s a-gonna fall, de Bob Dylan
And where have you been, my darling young one
I’ve stumbled on the side of twelve misty mountains
I’ve walked and I’ve crawled on six crooked highways
I’ve stepped in the middle of seven sad forests
I’ve been out in front of a dozen dead oceans
I’ve been ten thousand miles in the mouth of a graveyard
And it’s a hard, and it’s a hard, it’s a hard, and it’s a hard
It’s a hard rain’s a-gonna fall
And what did you see, my darling young one
I saw a newborn baby with wild wolves all around it
I saw a highway of diamonds with nobody on it
I saw a black branch with blood that kept drippin’
I saw a room full of men with their hammers a-bleedin’
I saw a white ladder all covered with water
I saw ten thousand talkers whose tongues were all broken
I saw guns and sharp swords in the hands of young children
And it’s a hard, and it’s a hard, it’s a hard, it’s a hard
It’s a hard rain’s a-gonna fall
And what did you hear, my darling young one?
I heard the sound of a thunder that roared out a warnin’
Heard the roar of a wave that could drown the whole world
Heard one hundred drummers whose hands were a-blazin’
Heard ten thousand whisperin’ and nobody listenin’
Heard one person starve, I heard many people laughin’
Heard the song of a poet who died in the gutter
Heard the sound of a clown who cried in the alley
And it’s a hard, and it’s a hard, it’s a hard, it’s a hard
It’s a hard rain’s a-gonna fall
Who did you meet, my darling young one?
I met a young child beside a dead pony
I met a white man who walked a black dog
I met a young woman whose body was burning
I met a young girl, she gave me a rainbow
I met one man who was wounded in love
I met another man who was wounded with hatred
And it’s a hard, it’s a hard, it’s a hard, it’s a hard
It’s a hard rain’s a-gonna fall
And what’ll you do now, my darling young one?
I’m a-goin’ back out ‘fore the rain starts a-fallin’
I’ll walk to the depths of the deepest black forest
Where the people are many and their hands are all empty
Where the pellets of poison are flooding their waters
Where the home in the valley meets the damp dirty prison
And the executioner’s face is always well hidden
Where hunger is ugly, where souls are forgotten
Where black is the color, where none is the number
And I’ll tell it and think it and speak it and breathe it
And reflect it from the mountain so all souls can see it
Then I’ll stand on the ocean until I start sinkin’
But I’ll know my song well before I start singin’
And it’s a hard, it’s a hard, it’s a hard, it’s a hard
It’s a hard rain’s a-gonna fall
Edvard Munch | ”Spring Day on Karl Johan Street”, 1890.

Pink Floyd | Goodbye Blue Sky
Mother | Pink Floyd
Mother (Waters)
Mother do you think they’ll drop the bomb?
Mother do you think they’ll like this song?
Mother do you think they’ll try to break my balls?
Mother should I build the wall?
Mother should I run for president?
Mother should I trust the government?
Mother will they put me in the firing line?
Mother am I really dying?
Hush now baby, baby, dont you cry.
Mother’s gonna make all your nightmares come true.
Mother’s gonna put all her fears into you.
Mother’s gonna keep you right here under her wing.
She wont let you fly, but she might let you sing.
Mama will keep baby cozy and warm.
Ooooh baby ooooh baby oooooh baby,
Of course mama’ll help to build the wall.
Mother do you think she’s good enough — to me?
Mother do you think she’s dangerous — to me?
Mother will she tear your little boy apart?
Mother will she break my heart?
Hush now baby, baby dont you cry.
Mama’s gonna check out all your girlfriends for you.
Mama wont let anyone dirty get through.
Mama’s gonna wait up until you get in.
Mama will always find out where you’ve been.
Mama’s gonna keep baby healthy and clean.
Ooooh baby oooh baby oooh baby,
You’ll always be baby to me.
Mother, did it need to be so high?
Rigoletto La Dona e mobile | Luciano Pavarotti as the dashing Duke of Mantua
The Barber of Seville | Figaro’s Aria | Gioachino Antonio Rossini
O Zalberto Catarino faz anos | hoje, 08 de Dezembro | Relembrando uma crónica em jeito de “Parabéns a Você” | Autor: Rudolfo Miguez Garcia
Em 27/10/2012 travou-se em Abrantes uma dura batalha contra uns lautos tachos de favas. Um dos valentes guerreiros foi o nosso amigo Zalberto Catarino, que hoje celebra o seu aniversário. Aqui fica a recordação com os desejos de muitos tachos na futura longa vida.

Nova crónica não anunciada de um almoço anunciado. “Ataque ao Tacho”
27/10/2012 – Parque de São Lourenço – Abantes, por Rudolph Miguezz
“Estamos no ano da desgraça 02, depois de PPC. Toda a Lusitânia foi há muito tempo ocupada pelo invasor oportunista e bárbaro, cujo único desiderato é possuir um tacho.
Um grupo de irredutíveis Lusitanos, oriundos da Aldeia Gaulesa de La Salle, parte para a luta. Deixam o conforto e segurança das suas paliçadas e reúnem-se na região interior da Lusitânia, em AbraAntes. A palavra de ordem é resistir ao invasor, decidida e bravamente convencidos que o modo mais radical de acabar com os tachos, é comê-los e …obrá-los!
11 DEZ | MINDE | SHREK THE MUSICAL | O OGRE – Produção: BOCA DE CENA
Será pelas 16h do próximo dia 18 de Dezembro (domingo) que o Grupo Boca de Cena vai levar a palco no Cine-Teatro Rogério Venâncio em Minde a peça musical: SHREK THE MUSICAL – O OGRE
“Shrek the Musical é um espetáculo. com músicas de Jeanine Tesori, texto e letras de David Lindsay-Abaire. É baseado no filme SHREK, produzido pela Dreamworks em 2001, e no livro Shrek!, de William Steig, publicado em 1990.
Estreou na Broadway em dezembro de 2008 até janeiro de 2010. Em seguida, foi realizada uma turnee pelos Estados Unidos, que começou em 2010, e uma produção na West End de Londres, a partir de Junho de 2011. Desde o seu lançamento, os direitos do musical foram disponibilizados para produções internacionais independentes”
Atores
Shreck – António Lourenço Menezes
Burro – Catarina Almeida
Lord Faarquad – Ricardo Nogueira
Fiona Adulta – Elsa Nogueira
Fiona Ogre – Regina Branco
Fiona Jovem/ Dragão – Carolina Moringa
Fiona Criança – Leonor Farinha
Pinóquio – Ana Fresco
3 Porquinhos – Paulo Gomes, João Pedro Manha, Francisco Nogueira
Lobo Mau – Rui Capaz
Bruxa Má – Joana Capaz
Capuchinho Vermelho – Beatriz Paulo
Gato das Botas – Vitória Aguiar
Fada – Iara Santos
João Ratão – Xavier Ferreira
Guardas – Jaime Aguiar, Pedro Afonso, José Pedro Menezes, Vasco Aguiar, Tiago Capaz
Espelho Mágico/ Padre – Paulo Alves
Habitantes de Duloc – Raquel Branco, Helena Fresco, Carolina Deus, Rafaela Moreira, Alexandre Fresco, Beatriz Manata, Vitória Aguiar, Sofia Formiga
Ficha Técnica
Luz – Henrique Lobo, Pedro Ferreira, Inês Moreira
Sonoplastia – Rui Venâncio
Música – Helder Moreira
Imagem – Mário Rui Almeida
Contra-Regra – Gabriela Matias
Assistentes de Cena – Ana Maria Capaz, Clara Gameiro, Ana Almeida,
Emília Nogueira, Tiago Novais
Caracterização – Célia Marques, Regina Branco, Márcia Leal
Cenários e Adereços – Ricardo Nogueira, Catarina Almeida, Elsa Nogueira, Luis Saraiva, Agostinho Nogueira, Ana Almeida, Regina Branco
Guarda-roupa – Catarina Almeida, Elsa Nogueira
Carpinteiro de Cena – Júlio Tavares
Ponto – Isabel Almeida
Design Gráfico – Média Minde/CPM
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BILHETES : 5 € – Locais habituais de venda e bilheteira
David Bowie | Heroes
I, I will be king
And you, you will be queen
Though nothing, will drive them away
We can beat them, just for one day
We can be heroes, just for one day
And you, you can be mean
And I, I’ll drink all the time
‘Cause we’re lovers, and that is a fact
Yes we’re lovers, and that is that
Though nothing, will keep us together
We could steal time, just for one day
We can be heroes, forever and ever
What’d you say?
I, I wish you could swim
Like the dolphins, like dolphins can swim
Though nothing, nothing will keep us together
We can beat them, forever and ever
Oh, we can be heroes, just for one day
I, I will be king
And you, you will be queen
Though nothing, will drive them away
We can be heroes, just for one day
We can be us, just for one day
I, I can remember (I remember)
Standing, by the wall (by the wall)
And the guns, shot above our heads (over our heads)
And we kissed, as though nothing could fall (nothing could fall)
And the shame, was on the other side
Oh, we can beat them, forever and ever
Then we could be heroes, just for one day
We can be heroes
We can be heroes
We can be heroes
Just for one day
We can be heroes
We’re nothing, and nothing will help us
Maybe we’re lying, then you better not stay
But we could be safer, just for one day
Oh-oh-oh-ohh, oh-oh-oh-ohh, just for one day
La siesta | Jean-François Millet, 1866 | Van Gogh, 1890 | Pablo Picasso, 1919

Marc Figueras, 1981 | Spanish painter

Elīna Garanča | Al pensar en el dueño de mis amores
Mulher descansando, triste

Professsor Engenheiro Fernando Branco | Senador Honorário do Senado do Fórum Económico Europeu
Engenheiro português é Senador Honorário do Fórum Económico Europeu.
Em cerimónia presidida pelo Presidente da Comissão Europeia, Jean Claude Juncker, o engenheiro português Fernando Branco, membro da Assembleia de Representantes da Ordem dos Engenheiros de Portugal, foi distinguido, este mês, com o título de Senador Honorário do Senado do Fórum Económico Europeu.



Mar | Montanha | Colinas



Ludwig van Beethoven | Beethoven’s Grandfather
Ludwig van Beethoven the Elder, also Ludovicus van Beethoven (January 5, 1712 – December 24, 1773) was a professional singer and music director, best known as the grandfather of the composer Ludwig van Beethoven.
Ludwig van Beethoven was born in Mechelen as the second son of master baker Michael van Beethoven (baptized February 15, 1684 in Mechelen, died June 28, 1749 in Bonn) and his wife Maria Louise Stuyckers (April 24, 1685, Mechelen – December 8, 1749, Bonn). Michael van Beethoven, besides the bakery trade, participated also in the local real estate market and in the purchase and sale of antique furniture and paintings.
Congresso Internacional do Medo | CARLOS DRUMMOND DE ANDADE
Provisoriamente não cantaremos o amor,
que se refugiou mais abaixo dos subterrâneos.
Cantaremos o medo, que esteriliza os abraços,
não cantaremos o ódio, porque este não existe,
existe apenas o medo, nosso pai e nosso companheiro,
o medo grande dos sertões, dos mares, dos desertos,
o medo dos soldados, o medo das mães, o medo das igrejas,
cantaremos o medo dos ditadores, o medo dos democratas,
cantaremos o medo da morte e o medo de depois da morte.
Depois morreremos de medo
e sobre nossos túmulos nascerão flores amarelas e medrosas

A LÍNGUA LAMBE | Carlos Drummond de Andrade
A língua lambe as pétalas vermelhas
da rosa pluriaberta; a língua lavra
certo oculto botão, e vai tecendo
lépidas variações de leves ritmos.
E lambe, lambilonga, lambilenta,
a licorina gruta cabeluda,
e, quanto mais lambente, mais ativa,
atinge o céu do céu, entre gemidos,
entre gritos, balidos e rugidos
de leões na floresta, enfurecidos.

Amor, amor, amor | Carlos Drummond de Andrade
Amor, amor, amor — o braseiro radiante que me
dá, pelo orgasmo, a explicação do mundo.
(Carlos Drummond de Andrade)

Francis Ford Coppola and Gary Oldman on the set of Dracula, 1992

Fotos em castanho

Ronaldinho Gaúcho ● Magic Skills and Tricks
Citation | Guy de Maupassant
Et parce qu’il avait fini d’attendre,
Il n’y avait plus rien à faire,
Ni aujourd’hui, ni demain, ni jamais.
Tout cela lui donnait une vague déception.
C’est ainsi que s’effondrent les rêves.
Guy de Maupassant

1 de Dezembro de 1640 | António Pina
Nesta data que marca a restauração da independência nacional, perdida em 1580 para Espanha, depois do desaire militar em Alcácer-Quibir e da destruição das forças militares portuguesas, Portugal iniciou um período de 28 anos de lutas e guerras que levaram à assinatura do Tratado de Lisboa, em 1668, no qual Espanha reconhece a nossa independência.
Este facto apenas foi possível, não só pelo reencontrar da nação, mas também porque a Espanha teve de fazer frente a revoltas na Catalunha e Andaluzia, ao mesmo tempo que enfrentava guerras com a Inglaterra, Holanda e França, países que ajudaram o país na sua luta, ainda que de forma dúbia, já que se na Europa apoiavam a luta pela independência, no resto do mundo continuavam a conquistar-nos territórios, como foi o caso de Malaca, Ormuz, Ceilão, Japão, algumas ilhas na atual Indonésia, a maioria das cidades indianas, para a além da maioria das feitorias / cidades africanas (nomeadamente S. Jorge da Mina). Ceuta perdeu-se para os espanhóis.
Esta realidade levou os revoltosos a optar pelo abandono do império do Oriente e a concentrar os seus esforço na recuperação da parte atlântica do mesmo, tendo conseguido recuperar o Brasil, Angola e S Tomé e Príncipe. A opção assumida, decorria da consciência das elites nacionais, que a independência do país apenas seria possível, suportando-se na exploração de territórios coloniais, o que se confirmou nos séculos seguintes. Realidade que implicou a adesão formal à CEE (1986), após a perda das colónias, a última das quais perdida formalmente em 2002.
A luta pela independência deveu-se em grande parte aos prejuízos causados à nobreza e burguesia, pela política implementada por Espanha a partir de 1610 que, prejudicava profundamente as elites económicas, as mesmas que em 1580 permitiram a ocupação espanhola, pelos benefícios que poderiam retirar dessa união. Para além dos prejuízos causados à burguesia, dos cargos e benesses retirados à nobreza, o aumento de impostos (sobre o linho, da sisa, do real da água) sobre a restante população provocou a revolta generalizada.
Retirado do Facebook | Mural de António Pina

QUE VIVA CUBA! | António Ribeiro, jornalista in “Facebook”
Para quem não sabe, não se lembra, ou não viveu nos anos 50/60 do século XX. Em nome da realidade histórica. E independentemente de simpatias ou antipatias políticas. Mas é bom saber, ler e reflectir. Belo texto!
Parabéns ao jornalista António Ribeiro.
Não me sinto o mais indicado para tecer loas a Fidel Castro. Não é que ele não as merecesse e garanto-vos que merecia mesmo! Liderar um país que era miserável em 1960 contra os interesses da mais agressiva superpotência mundial, e tudo isso a apenas 150 quilómetros de Key West (Miami), que em matéria de valores e de estilo de vida é uma espécie de América ao quadrado, não há-de ter sido nada fácil. É aliás obra de gigante, isso podem crer. Nacionalizar os sectores monopolistas americanos (hotéis de luxo, batota casineira, tráfico de droga, prostituição à escala industrial, banca, produção e distribuição de electricidade e exclusivo das comunicações) sem pagar nada aos donos daquilo tudo foi uma empreitada e pêras! Logo a seguir convém lembrar as tentativas de assassinato, a nojenta aventura da Baía dos Porcos orquestrada pela CIA, a questão irresolvida de Guantánamo e, sobretudo, o escandaloso boicote comercial que deixou o país à míngua de tudo, incluindo os sobressalentes indispensáveis para manter máquinas e equipamentos em estado operacional. Muita gente não sabe, ou já esqueceu, que o embargo não era só anti-Cuba, era também contra todas as companhias do mundo inteiro que teimassem em manter negócios com Cuba, em exportar para Cuba, em voar ou navegar para lá, entidades às quais era automaticamente vedado ter relações comerciais com companhias americanas. Uma chantagem política miserável, inumana e desproporcionada, que pretendia esmagar um povo inteiro e estimulá-lo à insurreição contra os seus dirigentes. De maneira que os EUA transformaram-se eles mesmos, a propósito de Cuba, numa imensa “baía dos porcos”.
Poesia | Poema que aconteceu | Carlos Drummond de Andrade
Poesia
Gastei uma hora pensando um verso
que a pena não quer escrever,
no entanto ele está cá dentro
inquieto, vivo.
Ele está cá dentro
e não quer sair.
Mas a poesia deste momento
Inunda minha vida inteira.
Poema que aconteceu
Nenhum desejo neste domingo
nenhum problema nesta vida
o mundo parou de repente
os homens ficaram calados
domingo sem fim nem começo.
A mão que escreve este poema
não sabe que está escrevendo
mas é possível que se soubesse
nem ligasse.