Dia Mundial do Livro: não deixem o vírus matar Camões | Manuel S. Fonseca

Hoje, Dia Mundial do Livro, autores, editores e livreiros estão em perigo. Tolstói ou Dostoievski, Shakespeare e Camões, Camilo ou Eça vivem, como Portugal, como o mundo, a situação calamitosa que afecta dramaticamente a nossa forma de vida, as pessoas e as empresas. Sim, os grandes romances, os grandes ensaios, os livros de ciência ou de filosofia, tal como os editores e livreiros que são a sua casa, acabam de sofrer um violento abalo. Fragilizados pelas crises económicas de 2008 e de 2011, editores e livreiros são agora, como resultado directo desta pandemia, confrontados com a mais dura ameaça que o livro já experimentou em Portugal. A espada de Dâmocles, que é a insolvência de editores e o fecho definitivo de muitas livrarias, paira sobre as nossas cabeças, sobre a cabeça dos grandes livros e dos grandes autores, o que o empobrecimento salarial dos leitores, já de si uma minoria da população, mais reforça.

CONTINUAR A LER (LINK) :  https://paginanegra.pt/2020/04/23/dia-mundial-do-livro-nao-deixem-o-virus-matar-camoes/?fbclid=IwAR11tj7weVI-o394Zlp40awhasrhLFx9EIp4R3AoOXt-Gy3-qwjMfjdOd1A

Querido Tiago | Aqui Posto de Comando do Movimento das Forças Armadas | Frederico Duarte Carvalho

Querido Tiago,

Hoje é dia 23 de Abril, uma quinta-feira – isto para quem ainda faz sentido saber em que dia da semana estamos. Se a revolução de 25 de Abril tivesse de acontecer nos dias de hoje, então era hoje, a 23 de Abril, que ela deveria ter lugar. Seria hoje que os tanques viriam para a rua, tomariam de assalto os pontos nevrálgicos de comunicações e emitiram as suas recomendações para que a população permanecesse fechada em casa. Sem sair à rua:

“Aqui Posto de Comando do Movimento das Forças Armadas. As Forças Armadas Portuguesas apelam para todos os habitantes da cidade de Lisboa no sentido de recolherem a suas casas nas quais se devem conservar com a máxima calma”.

Continuar a ler