Somos Bielorussos! | Carlos de Matos Gomes

Vários países europeus iluminaram os seus monumentos e edifícios principais com as cores azul e amarelo da Ucrânia e muitos cidadãos europeus colocaram tarjetas da mesma cor nas suas fotografias com os dizeres: Somos ucranianos!

É um respeitabilíssimo reflexo de emoção e de bons sentimentos, mas é sabido quanto os sentimentos e as emoções perturbam a razão. Esta reação de entidades e de pessoas comuns é a esperada perante como resultado das ações de condicionamento de emoções que estão em curso nesta guerra, como em todas, aliás. Os nossos líderes querem que nos vejamos como ucranianos e fazem os possíveis através das imagens dos dramas pessoais que transmitem nas TVs que é reconfortante estarmos do lado do Bem. Mas a opinião que temos a nosso respeito pode não corresponder à opinião dos outros. Há quem nos veja como bielorussos. Julgo que é assim que nos vêm os dois antagonistas deste conflito, os poderes reais em Washington e em Moscovo.

Há pouco, 17 horas de domingo 27 de Fevereiro, a presidente da Comissão Europeia e o Alto Comissário para as Relações Externas da União Europeia vieram afirmar, de forma criptada, evidentemente, que a União Europeia estava para os Estados Unidos como a Bielorrússia para a Rússia: A UE era um Estado Satélite, por isso se prestavam a colocar em prática um conjunto de medidas de apoio à manobra dos Estados Unidos neste confronto com a Rússia, que é o que está a ocorrer e tendo essas duas superpotências como protagonistas.

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PIERRE LELLOUCHE | NA CNEWS – CANAL 16 TNTSAT (ASTRA) | por José Manuel Correia Pinto

Acabei de ouvir às 17 h portuguesas uma intervenção da personalidade acima citada, político francês, do Partido Republicano, que, além de ter explicado o que significa a recente decisão de Putin (alerta da força de dissuasão), deixou muito claro as estreias saídas para a crise que neste momento existem.

As saídas, segundo Lellouche, não são diferentes das inicialmente existentes, mas ainda existem. Se não forem rapidamente negociadas, o fim que nos espera será difícil de contar.

Lembrou que Paris, Londres ou Berlim estão a 5 minutos de Moscovo.

E lembrou que tudo o que está a acontecer se sabia desde 2007.

Enfim, disse o que os nossos militares têm dito. Mas tem dúvidas que os americanos percebam. Já que na compreensão deles a Europa não significa para eles, o que significa para nós.

A diferença sobre o que se passou nesta entrevista|comentário  é que os  PIVOTS  se remeteram aos “seus conhecimentos” e aprenderam o que lhes foi explicado.

O Acordo Plausível | Noam Chomsky

Hoje existem dois confrontos principais: Ucrânia e China. Em ambos casos existem acordos regionais plausíveis. Todos sabem que o acordo plausível na Ucrânia é não deixar que se junte à Organização Tratado Atlântico Norte (OTAN). A saída viável para a Ucrânia é uma neutralidade ao estilo-austríaco que funcionou muito bem ao longo da Guerra Fria.

Foi permitido à Áustria estabelecer todas as ligações que quis a Ocidente e com a União Europeia. A única restrição era que não tivesse bases militares dos EUA e forças no seu território.
A velha visão Atlantista da OTAN era que o seu propósito era manter a Alemanha em baixo, a Rússia fora e os Estados Unidos no comando.
Hoje as negociações do presidente francês, Emmanuel Macron foram agressivamente atacadas nos EUA porque iam na mesma direcção — em direcção a um acordo pacífico negociado por europeus.

Para os EUA este tem uma enorme desvantagem: põe os EUA de lado e isso não pode ser. Os EUA devem tentar bloqueá-lo e assegurar de que há uma solução atlantista que estes liderem.

Noam Chomsky

PAZ | Senhores Joe Biden e Vladimir Putin | por favor !

Imaginemos que voltamos a ver a Rússia a colocar bombas nucleares em CUBA, como em 1962. Assim, de surpresa, durante a madrugada, a pedido de Cuba, claro. Como reagiriam os USA?

Não zombar, nem lamentar-se, nem odiar, mas compreender.” BARUCH SPINOZA

HAJA BOM SENSO DE TODAS AS PARTES …. e PAZ !

O presidente Biden disse que penalidades mais severas se seguirão se Moscovo continuar sua agressão.

NÃO SERIA MELHOR NEGOCIAREM SERIAMENTE ?

O QUE VAI ACONTECER | José Manuel Correia Pinto |

Estive a ver na SIC N o que fez Ricardo Costa, director-geral da Informação da estação, a um convidado, o Major General Raul Cunha, que apenas teve oportunidade de afirmar que é preciso olhar para os dois lados do conflito. Não conseguiu dizer mais nada tendo sido positivamente massacrado com uma intervenção irada, em alta voz, cortando ao interlocutor qualquer hipótese de sequer entrar na discussão. Uma intervenção pretensamente baseada na moralidade.

Estive a ver uma intervenção do Cor. Carlos Matos Gomes na mesma estação e a tentativa de crítica esboçada por Milhazes que, independentemente da sua boçalidade e  da resposta que levou de Matos Gomes, vai exactamente no mesmo sentido da anterior.

Estive a ver, na RTP 3, a reacção que a brevíssima análise do Major General Carlos Branco mereceu ao “ciático” Carlos Gaspar, sempre tão cínico e assertivo na defesa de quanta porcaria os Estados Unidos fizeram desde o fim da II Guerra Mundial até hoje , descontrolando-o completamente até nos esgares faciais com que  acompanhou sua balbuciada fúria, pretensamente fundada nos mesmos argumentos das duas anteriores.

Estive a ver na CNN a reacção quase animalesca de Sérgio Sousa Pinto a uma proposta de análise da situação ucraniana apresentada por António Filipe, igualmente fundada na mesma pretensa moralidade das anteriores.

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