Muito cá de casa – Poesia de Miguel de Castro

De silencios

A poesia de Miguel de Castro (1925-2009) tem uma sonoridade e uma métrica como se tivesse sido escrita para ser escutada enquanto se lê. Frequentemente, os poemas deslizam a partir de uma imagem inicial, num processo quase narrativo, evoluindo ao longo da sua escrita, para nos brindar com um desfecho surpreendente.

Miguel de Castro assumia-se como o poeta do corpo, num magoado elegíaco erotismo ferido de “lembranças” (como referiu Fernando J.B. Martinho na Colóquio Letras). É sempre com elegância e paixão que trata o corpo da mulher.

No Muito cá de casa estivemos em convívio poético. Dois atores emprestaram um registo diferente à leitura destes poemas. António Galrinho privilegiou a métrica, mantendo intacta a estrutura do poema, enquanto o António Nobre seguiu a linha dos afetos, interpretando o poema e deixando o timbre da sua voz entregue às emoções. Grandes momentos.

Ontem, na Casa da Cultura de Setúbal, sentiu-se, profundamente, a poesia.

Ler a recensão a este livro no Acrítico – leituras dispersas.

Dia da Livraria e do Livreiro – CULSETE – Setúbal

Depois de, no ano passado, ter sido assinalada a primeira edição do Dia das Livrarias, inspirado por ventos vindos do país vizinho e assinalando o aniversário da morte de Fernando Pessoa e de Fernando Assis Pacheco (este último, precisamente numa livraria de Lisboa), a Fundação José Saramago e o movimento Encontro-Livreiro estabeleceram uma parceria que passará a assumir a organização e a dinamização do a partir de agora designado Dia da Livraria e do Livreiro, tornando-o mais abrangente e destacando sobretudo o lugar central que o livreiro ocupa no percurso do livro e na promoção da leitura.

O Dia da Livraria e do Livreiro é um dia de Festa! Festa da livraria! Festa do livreiro! Festa do leitor!

Este ano, a livraria Culsete recebe o diploma LIVREIROS DA ESPERANÇA, ESPECIAL CULSETE 40 ANOS. É mais logo em Setúbal às 16 horas.

Entre o livro e a leitura estou eu, o livreiro. O escritor publica a escrita, o editor publica o livro, o livreiro publica a leitura.

Manuel Medeiros | Resendes Ventura

 

Poesia de Miguel de Castro em Setúbal

De silencios

Quatro anos e meio após a sua morte, regressamos ao convívio poético com Miguel de Castro. Estes inéditos foram gentilmente cedidos pela mulher que o acompanhou toda uma vida até ao fim dos seus dias. Alice permite assim que a poesia de Jasmim Rodrigues da Silva (seu verdadeiro nome. Miguel de Castro foi pseudónimo poético sugerido por Sebastião da Gama), não se fique pelos cinco livros editados em vida do autor. O poeta deixou extensa produção digna de atenção. Esta pequena amostra, que hoje vai ser apresentada na Casa da Cultura, em Setúbal, antecipa e anuncia a publicação de toda a sua obra, com a inclusão de surpreendentes inéditos.
Um grande poeta que não decepciona os muitos e atentos seguidores do seu trabalho.
Este De silêncios e de sombras encontra-se à disposição dos possíveis aquisidores na loja da Casa e na livraria Culsete. O pedido também poderá ser feito por correio electrónico, para o endereço que se revela por baixo da minha assinatura, aqui no lado direito desta conversa. E termino a prosa com um dos poemas seleccionados para o livrinho. Até logo.

José Teófilo Duarte (BlogOperatório)

mais sobre este evento

 

O Príncipe Perfeito – Rómulo de Carvalho / António Gedeão

Hoje, dia 24 de Novembro, faz anos que nasceu Rómulo de Carvalho. Pela sua contribuição como pedagogo e divulgador da ciência comemora-se  o Dia Nacional da Cultura Científica.

Existem homens que são maiores do que o seu tempo e por isso lhes foi reservado a eternidade. Permanecem, lá onde os podemos rever: na sua obra, na sua integridade e no seu exemplo de vida. …não existe a ausência nem a distância. Nem saudade. Existe vida. Estão vivos na nossa memória e na forma como entendemos o mundo, a história, a ciência e a arte. Na humanidade acontecem homens assim, mas são raros.

A Rómulo de Carvalho aconteceu-lhe ser um desses homens, …foi um eclético da ciência. Foi, realmente, um Homem do Renascimento e bem ficou demonstrado através de todas as inúmeras e diversificadas atividades e que, para mim, constituem uma interrogação, uma grande interrogação: como é que uma pessoa desenvolve, ainda que num longo percurso de vida, tanta, tanta produção com tão diferentes interesses que vão desde a sua paixão – o dedicado ensino – à divulgação da ciência, à investigação da História de Portugal, à fotografia, à construção de móveis de madeira, à poesia, à escrita de dezenas e dezenas de obras.

Estas citações pertencem à biografia escrita por Cristina Carvalho, Rómulo de Carvalho / António Gedeão – Príncipe Perfeito.

Uma leitura que recomendo vivamente. Este livro faz parte do Plano Nacional de Leitura para a leitura acompanhada no Secundário.

Leia mais no Acrítico – leituras dispersas.

Dia Nacional da Cultura Cientifica

 

Assinala-se a 24 de Novembro o Dia Nacional da Cultura Científica, em homenagem a Rómulo de Carvalho: professor, metodólogo, investigador, e autor de manuais escolares, de livros de divulgação científica e de poesia, estes últimos sob o pseudónimo de António Gedeão. Segundo as palavras de Mariano Gago, no jornal “Público” de 24 de Novembro de 1996, ano em que foi instituído, este dia deverá ser «momento privilegiado, todos os anos, de balanço, de reflexão e de acção sobre o papel do conhecimento no nosso futuro».

O Observatório do Mar dos Açores não poderia deixar de, uma vez mais, associar-se às celebrações deste dia. Assim, em parceria com a Escola Secundária Manuel de Arriaga (ESMA) e o Departamento de Oceanografia e Pescas da Universidade dos Açores (DOP/UAç), será apresentado no dia 22 de Novembro o documentário “José Bonifácio”, realizado por Francisco Manso, que aborda a história da Ciência e da Política, no início do século XIX. Terão lugar duas sessões: a primeira às 10:15h, na ESMA, e a segunda às 18:30 no auditório do DOP/UAÇ.

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Bartoon II – Estreia no Teatro de Bolso de Setúbal

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O TAS, Teatro de Animação de Setúbal estreou ontem “Bartoon II”, inspirado nas tiras de Luís Afonso para o jornal Público e encenado por Carlos Curto.
“Após uma recolha e seleção de dez anos de publicações, foi estabelecida uma “trama” dramática, procurando respeitar em absoluto a essência e o espírito do autor.”

Os atores, caraterizados de forma particularmente feliz, contagiam a plateia com o humor típico do universo de Bartoon. Conversas dispersas, cheias de sarcasmo e com o particular sentido crítico português, onde uma ideia incompleta se pode sempre rematar com um definitivo: “Ah, pois!”.
A dinâmica em palco está bem conseguida e as representações colocam-nos, de forma convincente, perante os personagens das tiras criadas por Luís Afonso. Ficou-me apenas um reparo: a passagem entre quadros podia acompanhar melhor o ritmo do espetáculo.
Gostei particularmente da solução cénica encontrada para a abertura e fecho do espetáculo: brilhante.

Em cena no Teatro de Bolso de Setúbal.
Atores: Carlos Rodrigues, Duarte Vítor, José Nobre e Sónia Martins.

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Défice Democrático em colóquio.

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A Associação cívico-política + D = Democracia em Movimento e o Dr. Nelson Carvalho vão levar a cabo, numa iniciativa conjunta, um colóquio com o mote: “Défice democrático – representação, participação, reforma do sistema político?”.
Serão oradores o Dr. André Freire, o Dr. José Gusmão, a Dra. Luísa Mesquita e o Dr. Pedro Mourão.
Estão todos convidados a estarem presentes neste que é um espaço de debate aberto.
Vai ser no dia 30 de novembro (sábado), entre as 15.30 e as 18.30 na sala da Assembleia Municipal, na Ex-Escola Prática de Cavalaria, em Santarém.

O estacionamento é gratuito.

 

Museu d’Aguarela Roque Gameiro | Minde | Certificação Herity

Decorreu, esta manhã, no Convento de Cristo em Tomar, a cerimónia da Certificação Interacional Herity de 26 bens culturais da Comunidade Intermunicipal do MédioTejo. O Museu de Aguarela Roque Gameiro obteve a mais alta classificação entre os bens culturais certificados.

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CCB – Dia António Lobo Antunes

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CCB . 27 OUT . 15H00 > 18h30 . PEQUENO AUDITÓRIO

“António Lobo Antunes (1942) afirma-se como um ávido revelador do que a vida sistematicamente esconde. Para além do superficial dos acontecimentos, o romancista recorda, invoca, interpreta, aventura-se no próximo, no incerto e no desconhecido. E vêm à memória amigos, desaparecidos, mas presentes, como José Cardoso Pires e Ernesto Melo Antunes…  A vida entretece-se de amizades. Harold Bloom fala misteriosamente de “one of the living writers who will matter most”. George Steiner considera-o como “heir to Conrad and Faulkner”. O certo é que a sua escrita atrai, porque é inusitada e pertinente, luminosa e obscura. Que é a vida senão um mundo de contradições? Quaisquer elogios passageiros nunca permitirão entendê-lo. Um dia disse: “Quando lemos um bom escritor é para nos conhecermos a nós mesmos”. Essa a grandeza da literatura, a de ser um revelador da existência. É fundamental ler António Lobo Antunes, para quem é insuportável aceitar a mediocridade e ouvir dizer “somos um país pequeno e periférico”…”

Guilherme d’Oliveira Martins

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Palavras a Preto e Branco – Fundação José Saramago


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“Sobre o negro, uma escrita a luz.
Liberta-se em poesia o que se fixou no olhar.”

Com fotografias de José Luís Outono e o discorrer poético dos pensamentos de José Gabriel Duarte é lançado este sábado, na Fundação José Saramago, este “Palavras a Preto e Branco”.

É às 16:00 horas, sintam-se convidados.

A frase em citação é da minha autoria e encontra-se nas badanas deste livro.

 

Turismo Religioso: A Experiência Cultural nos Destinos Religiosos

Turismo Religioso

A ACISO – Associação Empresarial Ourém-Fátima, em colaboração com o Município de Ourém e com o apoio do Turismo de Portugal, organiza o II Workshop Internacional de Turismo Religioso – “Turismo Religioso: A Experiência Cultural nos Destinos Religiosos”, no dia 8 de novembro, no Centro Pastoral Paulo VI, em Fátima.
Foram convidados operadores e leaders de opinião de diversos mercados, nomeadamente: Brasil, EUA, Polónia, Irlanda, Espanha, França, Itália, Bélgica, Holanda, Reino Unido, Suécia, Rússia, Alemanha e México.
Este evento dirige-se a operadores turísticos nacionais, agentes de viagem e hoteleiros, entre outros empresários do sector do Turismo, especialmente vocacionados para o Turismo Religioso.
Informações e inscrições no site oficial do evento:www.religioustourismworkshop.com

DocLisboa 2013

DL13-cartaz-175x250A-AFA 11ª edição do Doclisboa – Festival Internacional de Cinema vai exibir 244 filmes de 40 países, somando um total de 123 longas e 121 curtas-metragens.
Este ano, o festival conta com 46 filmes portugueses, 42 primeiras obras, 36 estreias mundiais, 5 internacionais e 1 europeia.

Um colectivo de realizadores anónimos sírios, os confrontos do verão passado no Egipto, os movimentos sociais na Turquia e no Brasil e a lei contra a propaganda gay na Rússia são algumas das realidades abordadas na secção que o Doclisboa estreou no ano passado.

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Filhos da Leitura – Setúbal

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FILHOS DA LEITURA

ESPETÁCULO MULTIDISCIPLINAR COMEMORATIVO DO 40.º ANIVERSÁRIO DA CULSETE

20 de OUTUBRO, DOMINGO, 16 HORAS

FÓRUM MUNICIPAL LUÍSA TODI, SETÚBAL

A finalidade deste espetáculo é reunir sob o signo da leitura, de leituras, todos os que se considerem seus filhos, aqueles que, através das leituras que foram fazendo, cresceram e se afirmaram como indivíduos com pensamento livre, crítico e atuante, todos aqueles cujas raízes cada vez mais estejam presas ao livro e à leitura.

Pretende-se festejar os 40 anos da Culsete com um ramalhete de palavras, sentir a sua força, escutar a sua música, quer sejam lidas, ditas ou cantadas, deixar ecoar o seu som ao lado de outros sons, produzidos por instrumentos que não a voz humana.

Ver o seu bailado em poemas, monólogos e frases, ao lado do movimento dos corpos propondo-nos outras leituras.

Festa é alegria, é contentamento, é o entrecruzar de gestos, sons e imagens que se colam a nós, transportando-nos para outros lugares. Também dos momentos de festa e júbilo nos alimentamos.

É esta a proposta da tarde de amanhã. Vamos viver a festa de sermos filhos da leitura.

 

ELE 2013 | Language Fair | Minde | Portugal

We are pleased to announce that the programme of the Language Fair, an activity of ELE 2013 which will take place on the 19th of October at Fábrica de Cultura in Minde (Portugal), is now available and can be consulted here: http://www.cidles.eu/events/conference-ele-2013/language-fair/programme-1/.

11 communities from all over Europe will participate in this event presenting their native languages in 30-minute cultural performances and/or exhibition stands.

Don’t miss it!

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Vencedor do Prémio LeYa 2013 anunciado a 15 de outubro

logo_premio_leyaO romance vencedor da edição deste ano do Prémio LeYa será anunciado no próximo dia 15 de outubro, depois de concluídas as reuniões do júri, agendadas para 14 e 15 de outubro, na sede da LeYa, em Alfragide.

A edição deste ano superou as expectativas, com o número de originais recebidos a chegar aos 491 – mais 43 do que a edição de 2008, a mais concorrida até agora. Destaca-se, igualmente, a diversidade dos países de onde são oriundos os trabalhos a concurso: foram recebidos originais de 14 países diferentes. Com claro destaque para Portugal e Brasil, à LeYa chegaram também trabalhos da Alemanha, Angola, Espanha, França, Guiné Bissau, Itália, Luxemburgo, Macau, Moçambique, Reino Unido, Suécia e Estados Unidos.

O júri do Prémio LeYa 2013 mantém-se inalterado relativamente à edição anterior, sendo formado pelos escritores Manuel Alegre (Presidente do júri), Nuno Júdice, Pepetela e José Castello, e por José Carlos Seabra Pereira, Professor da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, Lourenço do Rosário, Reitor do Instituto Superior Politécnico e Universitário de Maputo, e Rita Chaves, Professora da Universidade de São Paulo. À análise do júri foram submetidas sete obras finalistas que estão a ser avaliadas em regime de “prova cega”.

Livraria Culsete na Casa Da Cultura de Setúbal

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Continuando a comemorar com os seus leitores e amigos o 40.º aniversário, a Culsete está neste momento a organizar, com o precioso e imprescindível apoio de José Teófilo Duarte, uma exposição subordinada ao tema OLHARES SOBRE A LIVRARIA, onde várias personalidades que trabalham em áreas artísticas simultaneamente díspares mas próximas como a banda desenhada, a fotografia, a ilustração, a pintura, o design, se prestaram a deixar ver o seu olhar sobre a livraria. Em simultâneo, serão mostradas fotos e outros materiais inéditos do acervo privado da Culsete, nunca antes dados a ver. São propostas de distintos e polissémicos olhares que pretendem provocar leituras várias. Quanto aos nomes dos artistas, serão divulgados oportunamente.
De 1 a 5 de Outubro a livraria Culsete oferece um variado leque de actividades e descontos.

Ana de Londres – Transmission Bar

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Ontem foi noite de festa no Transmission Bar e o palco encheu-se. Manuel San-Payo falou do seu trabalho de ilustrador, das suas cumplicidades com a autora Cristina Carvalho e de como este “Ana de Londres” lhe diz muito; ele que foi educado numa escola estrangeira para se preparar para o salto. Esse ato de partir, não só em busca de um futuro melhor, mas de deixar um país que o condenaria à guerra nas picadas de África. Salvou-o o 25 de Abril.

A arte do ilustrador trabalha imagens sobre as imagens naturais da escrita, aquelas que o leitor cria à medida que vai lendo. Trata-se de um trabalho de risco; o conflito pode surgir a todo o momento, perder-se o efeito de contribuir para a narrativa, dando-lhe uma outra dimensão.

O André Gago leu de improviso um trecho do livro, com a segurança dos mestres. A autora falou-nos da Ana de Londres e dos tempos da Ana de Londres. Aproveitou para deixar claro que não se trata de um livro autobiográfico.

O editor Marcelo Teixeira, da editora Parsifal, está de parabéns.

(Na foto, das esquerda para a direita, André Gago, Manuel San-Payo, Cristina Carvalho e Marcelo Teixeira)
Sobre este livro, a minha crónica no PNet Literatura

A dimensão literária de Deus em Saramago

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As Tertúlias de Lisboa têm a honra e o privilégio de receber, no dia 12 de Outubro na Ler Devagar, o Sheikh David Munir e o professor José Manuel Anes para a sua sessão inaugural.

Os nossos dois convidados são crentes, ambos acreditam no Deus de Abraão, aquele que se deu a revelar nos primeiros cinco livros, fundadores das grandes religiões do Livro Sagrado. Saramago era ateu.

No entanto, a presença de Deus na obra de Saramago é inegável. Um Deus pessoal, dotado de características físicas e humores humanos. Um Deus a quem Saramago retirou a mão esquerda (no Memorial do Convento), ou emergiu numa crise existencial, como em Caím. Não sendo possível olharmos Deus no seu esplendor e glória, Saramago deu-lhe um rosto, criou-lhe uma dimensão literária e humana, segundo a tradição iconográfica católica. Podemos então dizer que Saramago era ateu de um Deus católico?

Esta dimensão literária de Deus é perfeitamente alheia ao Islão, cuja representação do sagrado ou do Profeta estão proibidas. A obra de Saramago gerou polémica entre a comunidade católica e passou incólume na comunidade islâmica.

Deus na obra de Saramago é o ponto de partida para a nossa primeira tertúlia. Seguramente, o cálice transbordará.

Acompanhe tudo aqui

 

Encontro de Blogues – Setúbal

encontro_blogsA Casa da Cultura de Setúbal vai receber os eminentes opinadores na próxima sexta-feira, dia 27. Um debate espreitando o desfecho da campanha eleitoral para as autárquicas.

“Os blogues são assim como jornais com grande possibilidade de expansão. Toda a gente pode ter o seu próprio meio de comunicação sem grandes investimentos financeiros. A importância destes meios de comunicação existe conforme a influência dos seus autores.
Mais recentemente, as opiniões postadas nos blogues, passaram a ter eco no facebook e twiter. Muitos políticos, actores ou gente do desporto, comunicam por estes canais a sua existência e enleios existenciais.
Esta edição muito cá de casa traz a Setúbal três autores de blogues que marcam o panorama deste meio de expressão. Tomás Vasques, do Hoje há conquilhas, amanhã não sabemos, é também comentador em canais televisivos e cronista no i. António Cabrita, do Raposas a sul, foi crítico de cinema no Expresso, é escritor e argumentista. José Simões é autor do muito concorrido Der Terrorist, sendo um atento analista da realidade que nos cerca.
Convidados. Apareçam.”

José Teófilo Duarte – BlogOperatório

 

A dimensão de Deus

Diálogo entre Deus e Caim. Deus interpela Caim:

“Que sabes tu do coração de job, Nada, mas sei tudo do meu e alguma coisa do teu, respondeu caim, Não creio, os deuses são como poços sem fundo, se te debruçares neles nem mesmo a tua imagem conseguirás ver, Com o tempo todos os poços acabam por secar, a tua hora também há-de chegar. O senhor não respondeu, mas olhou fixamente caim e disse, O teu sinal na testa está maior, parece um sol negro a levantar-se do horizonte dos olhos, Bravo, exclamou caim batendo as palmas, não sabia que fosses dado à poesia, É o que eu digo, não sabes nada de mim. Com esta magoada declaração deus afastou-se e, mais discretamente que à chegada, sumiu-se noutra dimensão.”

Caim, de José Saramago

As diversas dimensões onde Deus se some são um mistério para os homens.

Mais aqui, em breve.

Em 25 anos de integração europeia, a fatia média do orçamento familiar dedicada aos tempos livres subiu de 5% para 7%. Ler um livro é atividade pouco praticada por cá, em comparação com outros povos europeus.

Cultura e lazer não são propriamente prioridades para os portugueses. A conclusão é do estudo “25 anos de Portugal Europeu”, coordenado por Augusto Mateus a pedido da Fundação Francisco Manuel dos Santos.

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Atração pelo lixo cultural

Cecilia Giménez, a octogenária que em Agosto de 2012 restaurou o quadro de Elías García Martínez, Ecce Homo, também conhecido como Cristo de Borja – que decora o Santuário da Misericórdia em Saragoça – tem agora, nessa mesma localidade, uma exposição de pintura aberta ao público.

O fatídico restauro, que destruiu por completo o quadro original, já atraiu 70 mil turistas e rendeu 50 mil euros em entradas. Esta atração cultural, baseada na redução ao absurdo e no gosto pelo muito mau, move milhares de pessoas.

Com tão pouco se contentam as pessoas. O puro lixo rivaliza com a melhor oferta cultural. Provavelmente teremos esta simpática anciã a representar Espanha na próxima bienal em Veneza.

(leia aqui o artigo do Público)

Urbano Tavares Rodrigues (1923-2013)

“O meu amigo Urbano morreu, e eu de súbito fiquei desamparada, sem chão, o dia perdeu claridade.
Era muito nova quando nos conhecemos, e desde o primeiro momento, a sua generosidade, a sua solidariedade, fez toda a diferença.
Ontem, de um momento para o outro, senti-me absolutamente só, a pensar que lhe devia ter dito mais vezes, quanto o admirava, quanto ele fora importante para mim. Mas, também, agradecer-lhe o exemplo de hombridade, de honra e de coragem, que me deu sempre.
O Urbano foi o homem mais corajoso que conheci.
O Urbano era um homem da liberdade.
Obrigada querido Urbano por teres sido como foste.”

Maria Teresa Horta    (publicado no Facebook)

Veja aqui a reportagem da RTP

A Alegria da Criação – José Afonso

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Na Associação José Afonso, na Casa da Cultura de Setúbal, houve a “Alegria da Criação”. Uma iniciativa do José Teófilo Duarte em forma de dinamização cultural de um espaço, em jeito de uma instalação de pintura, uma palestra, um debate, um convívio… uma intervenção visual e o inesperado do “working in progress”. A verdadeira alegria da criação. Uma iniciativa que visa comemorar o 84º aniversário do nascimento de José Afonso.

Foi bom escutar o José Teófilo falar com paixão sobre José Afonso, de forma definitiva e sem apelo ao contraditório. Vamos ter a evolução deste trabalho e o Livro do Artista, com Luísa Tiago de Oliveira, Alice Brito e outros autores serão acrescentados ao rol. Até ao final do mês a edição estará concluída. Depois serão impressos 84 exemplares – referência aos 84 anos de José Afonso -, assinados por todos os autores, e colocados à vossa disposição por dez euros. A receita vai para a casa, ou seja, para a AJA.

Em breve, será criado um mural no Face para nos manter a par de tudo. E da próxima, traz outro amigo também.

ALEGRIA DA CRIAÇÃO – José Afonso na CCS

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ALEGIA DA CRIAÇÃO | Este trabalho é uma proposta para assinalar a data do nascimento de José Afonso. Será apresentado amanhã, dia 2, na sala da Associação José Afonso e no Café das Artes, na Casa da Cultura, em Setúbal. Trata-se de uma intervenção visual que tenho vindo a desenvolver nas últimas semanas. No início de setembro será apresentada uma publicação – livro de artista – que contará com a participação de vários convidados.
Alegria da criação é um tema de José Afonso, incluída no seu trabalho Galinhas do Mato, que foi o último disco que editou.
Da evolução deste projecto irei dando notícias nos próximos tempos.

Estão todos convidados.

José Teófilo Duarte

A última fronteira – Lisboa em tempo de guerra

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De tempos a tempos, acontece sermos chamados a desempenhar esse papel de última fronteira entre a barbárie e a paz, entre a morte e a esperança. São ventos que sopram de uma europa empedernida, mergulhada nas trevas. Uma europa que se esquece do sentido de solidariedade e castiga.

Como se vivia em Lisboa por altura da Segunda Guerra Mundial, como foi receber essa vaga de refugiados (os que tiveram essa sorte) e como esses refugiados viram e retrataram a cidade que os acolhia.

O livro Lisboa, uma Cidade em Tempos de Guerra, da autoria de Margarida Magalhães Ramalho, serviu de ponto de partida para esta exposição que a autora organizou em conjunto com António Mega Ferreira.

Nesta exposição, patente no torreão poente da Praça do Comércio, recomendo vivamente que não percam a projeção de uma série de pequenos filmes; preparem-se para autênticas preciosidades.

Saiba mais aqui

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Einstein recebeu uma carta da miss New Orleans que lhe dizia: ” Prof. Einstein, gostaria de ter um filho seu… A minha justificativa baseia-se no facto de eu ser um modelo de beleza, e tendo um filho com o senhor certamente que o garoto teria a minha beleza e a sua inteligência”. Einstein respondeu: ” Querida miss New Orleans, o meu receio é que o nosso filho tenha a sua inteligência e a minha beleza.

Apresentaç​ão das obras História da Ciência na Univ. de Coimbra

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No próximo dia 26 de julho, pelas 17 horas, serão apresentadas, no Centro Ciência Viva Rómulo de Carvalho, as obras História da Ciência na Universidade de Coimbra (1772-1933) e História da Ciência Luso-Brasileira: Coimbra entre Portugal e o Brasil, editadas por Carlos Fiolhais, Carlota Simões e Décio Martins.

A apresentação estará a cargo de Fernando Seabra Santos.

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Teolinda Gersão na Casa da Cultura de Setúbal

Teolinda“Tocar na vida através da escrita, sabendo que vou queimar-me. Como se chegasse perto do sol e desaparecesse, sugada por um poço de luz negra.”

O mais recente livro de Teolinda Gersão, Cadernos II – Águas Livres, esteve em debate nas conversas do Muito Cá de Casa. Um livro que toca a vida em momentos dispersos do nosso dia-a-dia, com os seus inevitáveis personagens do quotidiano. São histórias que nos dizem muito, que nos atiram para o papel de testemunhas

Um livro assim presta-se ao debate. Da assistência desprenderam-se as preocupações dos dias de hoje e o debate foi inevitável. São assim as conversas do Muito cá por casa.

A Teolinda Gersão foi grande como a sua escrita. São trinta anos de cadernos e advinha-se um Cadernos III. Quando nada é definitivo – até aquela professora primária que odiámos anos a fio e que somos, mais tarde, capazes de recordar com carinho – que sentido faz escrever uma biografia? Resta-nos sermos inquietos, para sempre.

O Muito cá de Casa é uma iniciativa da DDLX e da Câmara Municipal de Setúbal – Divisão de Cultura, e conta com a colaboração de PNet Literatura, livraria Culsete e BlogOperatório.

ANTÓNIO COSTA | Pavilhão de Portugal | Apresentação de Candidatura à Câmara Municipal de Lisboa | Quinta-feira, 18 de Julho de 2013, 18 horas

Pala do Pavilhão de Portugal

ANTÓNIO COSTA tem o maior gosto em convidar V. Exa. para a sessão em que apresentará publicamente a sua recandidatura à presidência da Câmara Municipal de Lisboa.
Na mesma sessão serão apresentados os cabeças de lista à Assembleia Municipal de Lisboa e às novas 24 freguesias. Será igualmente apresentado o Mandatário da candidatura JUNTOS FAZEMOS LISBOA.
A apresentação pública da Candidatura à CM de Lisboa de ANTÓNIO COSTA.
A presença de todos é importante para a afirmação de apoio a ANTÓNIO COSTA e à candidatura JUNTOS FAZEMOS LISBOA, na preparação do futuro da nossa cidade.
Não falte, todos são necessários, porque JUNTOS FAZEMOS LISBOA!

António Costa

Showcase dos Norton’s Project – Semana da Música ECI

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Na abertura da Semana da Música do El Corte Inglés, Os Norton’s Project brindaram-nos com a maturidade musical dos seus temas. A actuação percorreu os principais temas da banda, tendo o saxofone, na ausência da guitarra eléctrica, chamado a si o papel de segunda voz.

Canções com letras escritas em inglês que nos falam da vida, sem nunca esquecer o seu lado romântico. Aqui o atalho para um excerto do vídeo da actuação da banda no ECI, a balada My Kind of Woman.

Aqui o atalho para escutar mais temas desta banda.

Ousar cultura…

O diretor artístico da Casa da Criatividade de São João da Madeira, Fernando Pinho, está preparado para mostrar que a cultura é sustentável através de um modelo de gestão em que partilhará lucros e assumirá prejuízos.

Para trás deixou uma vida de programador cultural em Londres, onde estudou no Guildhall School of Music and Drama e onde colabora com a Royal Opera House, o Royal Albert Hall e o London Transport Museum.

A câmara de São João da Madeira estipulou um teto para o valor a suportar em caso de prejuízo. Este gestor/programador cultural tem parte do seu salário indexado aos lucros da Casa da Criatividade.

Para se inovar é preciso ousar e para se ousar é preciso cultura.

(ler mais Público)

Norton’s Project na semana da música do Corte Inglés

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The Norton´s Project abre a semana da música no El Corte Inglês. Estão todos convidados para vir ouvir e ver The Norton´s Project ao vivo!!

Um Piano, um Saxofone, um Contrabaixo, uma bateria, um Violoncelo, uma guitarra eléctrica e uma voz! Assim são os The Norton´s Project.

Mais informação sobre este evento aqui

Ricardo Crista na Casa da Cultura de Setúbal

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NO ATELIÊ DO ARTISTA | António Jorge Gonçalves vai ter os seus desenhos expostos – Bem dita crise -, na Casa da Cultura, até à próxima quinta-feira. Sexta-feira abre nova exposição. Ricardo Crista mostra pinturas recentes. Assunto sério. Voltaremos a falar de Ricardo e do seu trabalho. Mas ficam para já avisados: estas pinturas são para ser vistas.

(in www.blogoperatorio.blogspot.com)

Fernando Rosas no Muito cá de casa

O professor Fernando Rosas apresentou o seu último livro “Salazar e o Poder – A arte de saber durar”, na Casa da Cultura de Setúbal.

Segundo o autor, o livro divide-se em três partes: o que pensava Salazar sobre a política (caindo o mito que Salazar vivia acima das questões políticas), como chegou ao poder e finalmente como conseguiu manter-se no poder durante tantos anos.

O paralelismo com a situação actual era inevitável. Fernando Rosas citou o “Eu não fui eleito para coisíssima nenhuma” de Vítor Gaspar para ilustrar o primeiro degrau de entendimento da política por parte do Estado Novo. Para Salazar o primeiro nível político era o da governança que era técnico e devia ser confiado aos técnicos, dispensando-se a participação dos cidadãos (que não tinham de ser ouvidos) ou dos seus representantes (o parlamento não se devia preocupar com este tipo de assuntos).

Também Vítor Gaspar se considera um “técnico em exercício” fazendo o que é preciso para o bem da nação, mesmo que esta nação não o entenda e, até mesmo, rejeite em uníssono essas políticas – esquecendo-se que, em democracia, o governo é uma emanação da vontade popular expressa nas urnas.

Foi uma lição de história, estruturada, bem fundamentada e com sentido de humor que assistimos ontem na Casa da Cultura de Setúbal.

Revolução Paraíso

Revolução Paraíso foi oficialmente apresentado na FNAC Chiado.

Mário de Carvalho referiu-se aos três planos em que esta obra se desenvolve, o histórico, o da acção dos personagens e o onírico (que está para além do sonho de um Portugal melhor, aportado pelo 25 de Abril). Encontrou características picaras nos personagens e lançou perguntas em jeito de desafio ao autor.
O autor respondeu com humor, embora não tenha corrido o risco de se afastar do que tinha preparado como sua apresentação, e deixou-nos uma visão, não da sua obra, mas de como esta nasceu e cresceu com ele. Paulo M. Morais tinha dois anos no 25 de Abril e, claro está, não soube responder à pergunta vinda da assistência: “Onde estavas tu no 25 de Abril?”.
Como se constrói um livro sobre um período histórico tão recente e do qual não se têm uma memória? O autor teve a sorte de receber um álbum de recortes das mãos da sua avó. Construiu assim, sobre o relato dos outros, as suas próprias memórias. Será esse o plano onírico de que falava o Mário de Carvalho? Não sei, mas talvez seja bom ler o livro primeiro antes de me sentir tentado a chegar a alguma conclusão.

Por ocasião do falecimento de Estela Costa Gomes

Maria Estela Veloso de Antas Varajão Costa Gomes (1927-2013)

Foi no atelier do pintor e amigo Henrique Medina que Francisco da Costa Gomes viu o retrato a óleo de uma linda minhota com o tradicional traje de mordoma. A beleza enigmática daquela jovem despertou-lhe o interesse, conseguindo que o pintor os apresentasse. Do encontro – no Porto, em casa da madrinha dela – nasceu um correspondido amor-à-primeira vista e um apaixonado namoro, iniciado em Maio de 1952. Casaram sete meses depois, na Sé de Viana do Castelo. Maria Estela acompanhou sempre a carreira militar e política do marido, vivendo em Lisboa, nos Estados Unidos da América, em Moçambique e em Angola. Em Setembro de 1974, Costa Gomes assume funções como Presidente da República e em Novembro de 1974, fruto da instabilidade política, o casal é aconselhado a mudar-se para o Palácio de Belém. Maria Estela recordará sem saudade os tempos que viveu na residência oficial, pela agitação e pela falta de comodidade daquele espaço, desabitado desde o Presidente Craveiro Lopes. O regresso à casa particular, em 1976, foi, pois, um momento de alívio para os dois e de regresso à tranquilidade, abalada anos depois pela morte inesperada do único filho, Francisco. O casal apoia-se mutuamente nesse momento trágico fortalecem os laços que os unem. Costa Gomes manteve uma actividade discreta mas intensa, sempre acompanhado por Maria Estela, que o ex-Presidente tratava carinhosamente por “Estelinha”. A morte dele, em 2001, pôs fim a uma vida em conjunto de 49 anos. Estela Costa Gomes – que nunca se reconhecera no papel de primeira-dama – faleceu no passado dia 2, no mês em que completaria 86 anos.

Estela e Francisco da Costa Gomes

Estela e Francisco da Costa Gomes

 

http://www.museu.presidencia.pt/index_detail.php?sid=2301 (FONTE)

A esmagadora maioria dos eBooks, no Brasil, ainda vendem pouco.

A esmagadora maioria dos eBooks, no Brasil, ainda vendem pouco. Não importa quem os publica, se autores independentes ou grandes editoras – as vendas são fracas. Os “culpados” pelas vendas fracas costumam ser vários: a falta de uma base consistente de dispositivos (ereaders ou tablets) no país; o preço dos eBooks, que seria muito alto; a dificuldade para se comprar e baixar um ebook nas lojas brasileiras; e a quantidade pequena de ebooks em português à venda.

http://revolucaoebook.com.br/vendas-baixas-culpa-nao-peixe/ … (FONTE)

ebooks

Teatro Rápido | Comunicado

Por decisão do projeto, totalmente alheia ao Teatro Rápido, Sofia Sá da Bandeira será substituída por Cristina Areia no espetáculo “GOODBYE” de João Ricardo que estará em cena no TR durante todo o mês de Fevereiro.

SALA 3 – Goodbye
Horário das sessões: 18h15 | 18h45 | 19h15 | 19h45 | 20h15
quinta a segunda | M/16 | 3€

Texto: José Pinto Carneiro
Dramaturgia e Encenação: João Ricardo
Interpretação: Cristina Areia
Instalação Cenográfica: João Ricardo / SP Televisão
Design Gráfico: Inês Gois
Execução de Figurinos: José Graça

Uma mulher, mãe de dois filhos, que na sua última noite de férias no Algarve se deixa levar por um perspicaz jogo de sedução de um jovem rapaz, que a leva a reviver emoções adormecidas.

Lanzarote homenageia José Saramago com uma oliveira de aço numa rotunda

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Lanzarote vai homenagear o filho adotivo José Saramago com uma escultura de quase cinco metros em aço, a colocar na rotunda que dá acesso ao complexo da Casa e da Biblioteca do escritor, em Tías, no dia 18 de março, segundo aniversário da abertura deste espaço ao público.

A escultura, da autoria de José Perdomo a partir de um desenho de Esther Viña, ambos de Lanzarote, representa uma oliveira feita com as letras iniciais de José Saramago – o tronco é um jota, os ramos são esses. Foi apresentada publicamente no dia 25, numa sessão em que estiveram presentes a conselheira de Cultura doHoverno das Canárias, Inés Rojas, o presidente do Cabildo de Lanzarote, Pedro san Ginés, o presidente da câmara municipal de Tías, Francisco Hernández, e a presidenta da Fundação José Saramago, Pilar del Río.

A conselheira da Cultura sublinhou que a iniciativa tem o objetivo de deixar um testemunho da permanência de José Saramago em Lanzarote, onde se instalou em 1993, repartindo a presença na ilha com as sucessivas estadas em Lisboa. Foi em Lanzarote que escreveu o Ensaio sobre a Cegueira (1995) e todas as obras que se seguiram.

O presidente do Cabildo reconheceu que Lanzarote “nunca poderá pagar” a Saramago o facto de se ter apaixonado pela ilha e de ter decidido ali viver. “Mas podemos agradecer-lhe e esta é uma maneira de fazê-lo”.

Os representantes das instituições que se juntaram nesta homenagem a Saramago pertencem a diferentes partidos, como sublinhou na ocasião Pilar del Río que destacou que o facto de se terem sentado à mesma mesa pela cultura “integra-se no espírito de Saramago”.

Pilar del Río recordou a influência que Lanzarote e a sua paisagem tiveram na obra do escritor português, como é possível verificar no texto A estátua e a pedra – que a Fundação José Saramago publicará nos próximos meses. Nesse texto, Saramago explica que o contacto com a ilha o levou a alterar o seu estilo e a forma de ver as coisas – passou a interessar-lhe mais a pedra e a sua matéria do que a estátua.

Festival Correntes d’Escritas

Correntes d’Escritas, ou simplesmente Correntes, é um encontro anual de escritores de expressão ibérica que decorre durante o mês de Fevereiro na Póvoa de Varzim. Os escritores são provenientes de países e continentes onde se falam as línguas portuguesa e espanhola, desde a Península Ibérica, passando pela América Central e do Sul à África Lusófona.
Este ano, o Prémio Literário Correntes D’Escritas vai ser atribuído à modalidade – POESIA

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Fundação José Saramago | Comunicado de imprensa

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A Fundação José Saramago criou um Grupo de Amigos através do qual quem estiver interessado pode oferecer donativos para a instituição. O valor das contribuições determina as diferentes contrapartidas de que os Amigos poderão usufruir.

Quem quiser contribuir pode fazê-lo através de transferência bancária, para a conta cujos dados estão explicitados no nosso site da Internet.

Os benefícios previstos começam pela simples menção do nome do doador na lista de Amigos (de cinco a dez euros), entradas gratuitas na Fundação (a partir dos 10 euros), descontos de 20 por cento na livraria/loja (a partir dos 20 euros), oferta do livro A Estátua e a Pedra. O autor explica-se, a publicar pela Fundação nos próximos meses (a partir dos 50 euros). Quem contribuir com 500 euros ou mais será considerado parceiro da Fundação e mencionado como tal em todos os nossos materiais.

A Fundação José Saramago tem como fontes de financiamento os direitos de autor da obra do escritor e as receitas de entrada e da livraria/loja da Casa dos Bicos, e não recebe qualquer financiamento público.

As contribuições dão direito, em Portugal, a benefícios fiscais.

Mais informações em:

http://www.josesaramago.org/373151.html 

Poesia | JOSÉ FANHA

A TERNURA EM FIGURA DE GENTE

Chama-se José Manuel mas já foi Manelinho, Zé, Zé Manel, Zé Fanha… Diz que escreve para saber quem é e que precisa de ler e escrever como de ar para respirar.

É arquitecto e já foi jornalista, desenhador, publicitário, actor, professor… Mas a poesia é a língua que melhor lhe permite falar dele a ele próprio e aos outros.

JOSÉ FANHA é símbolo de solidariedade, talento, incansável intervenção cívica, cultural e artística, ternura. O seu último livro de poesia será apresentado pela Poetria no próximo dia 19/1 no Palacete Balsemão (Pç. Carlos Alberto, Porto) pelas 17,30h. com a presença do autor e apresentação de Jorge Velhote (Obra) e Júlio Couto (Vida).

Serão lidos poemas por Ana Afonso, Rui Spranger e Rafael Tormenta, a acompanhamento musical (viola) de Carlos Andrade.

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Faleceu Fernando Couto

Faleceu, quinta-feira passada, aos 88 anos, Fernando Couto (pai de Mia Couto). Jornalista, escritor e editor, natural do Porto, publicou poesia, foi subchefe de redacção do principal diário moçambicano e dirigiu a editora Ndjira, hoje integrada no grupo Leya.
Ler mais em:

http://sol.sapo.pt/inicio/Cultura/Interior.aspx?content_id=66128

Crédito/Imagem: http://blogtailors.com/

Fernando Couto

Fernando Couto

Crédito/Imagem: http://blogtailors.com/

Carta aberta a Nuno Crato pede para revogar Acordo Ortográfico por Rita Pimenta in Jornal Público

Documento subscrito por mais de 200 pessoas contesta “nova ortografia” e revela disparidades na aplicação do acordo.

É uma carta aberta e é um estudo comparativo sobre as disparidades na aplicação do Acordo Ortográfico. O documento já chegou ao ministro da Educação e Ciência, Nuno Crato. O objectivo é revogar o acordo.

Depois de o Governo brasileiro ter adiado por três anos a obrigatoriedade de aplicação do Acordo Ortográfico (AO) – para 1 de Janeiro de 2016 –, um grupo de cidadãos portugueses enviou uma carta aberta ao ministro da Educação e Ciência com “um estudo comparativo das incongruências ortográficas existentes entre o texto do AO90 e vários vocabulários e dicionários”.

Ler mais aqui: http://www.publico.pt/cultura/noticia/carta-aberta-a-nuno-crato-pede-para-revogar-acordo-ortografico-1580172

No Fly Zone. Unlimited Mileage | Cristina Guerra Contemporary Art

BerardoQuarta-feira, 30 de Janeiro de 2013

Museu Coleção Berardo | Belém | Lisboa

O Museu Coleção Berardo apresenta a exposição No Fly Zone dedicada a um conjunto de artistas da nova cena angolana. Ela é não só sinal de uma nova vida que Angola experimenta depois da descolonização e da guerra, como define um posicionamento num quadro problematizador sobre as heranças culturais e a sua redefinição, as migrações dos conflitos e o seu feedback, o lugar do artista e da sua produção num mundo que continuamente extravasa os limites do seu conhecimento e reconhecimento e se experimenta, agora por estes novos protagonistas.
Este aspeto é tanto mais pertinente quanto o presente histórico que vivemos assiste a uma profunda e radical alteração das coordenadas tradicionais dos lugares recorrentes da atenção prestada à produção artística.

Pedro Lapa
Diretor Artístico

No Fly Zone. Unlimited Mileage é um projeto concebido e desenhado por Fernando Alvim, Simon Njami e Suzana Sousa. Com os artistas Binelde Hyrcan, Edson Chagas, Kiluanji Kia Henda, Nástio Mosquito, Paulo Kapela, Yonamine.

Mesa-redonda com Fernando Alvim, Simon Njami, Suzana Sousa e Pedro Lapa
01.02.2013, 18h00, auditório (piso -1)
Entrada gratuita sujeita ao número de lugares disponíveis.
Sem marcação prévia.

SPA recusa acordo devido às posições do Brasil e Angola

Leonel Vicente's avatarMemória Virtual

De acordo com um comunicado do Conselho de Administração da SPA, a entidade afirma que vai “continuar a utilizar a norma ortográfica antiga nos documentos e comunicação escrita com o exterior”.

A entidade sustenta que “este assunto não foi convenientemente resolvido e encontra-se longe de estar esclarecido, sobretudo depois do Brasil ter adiado para 2016 uma decisão final sobre o Acordo Ortográfico, e de Angola ter assumido publicamente uma posição contra a entrada em vigor” das novas regras. […]

Perante estas posições daqueles países, a SPA considera que “não faz sentido dar como consensualizada a nova norma ortográfica, quando o Brasil, o maior país do espaço lusófono, e Angola, tomaram posições em diferente sentido”.

(Diário de Notícias)

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APRENDE QUE NÃO HÁ DISTÂNCIA PARA A AMIZADE

brumasdesintra - Maria Elvira Bento's avatarbrumasdesintra

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Depois de algum tempo aprende a diferença (a subtil diferença), entre dar a mão e acorrentar uma alma. E aprende que amar não significa apoiar-se, e que companhia nem sempre significa segurança. E começa a aprender que beijos não são contratos e presentes não são promessas. E começa a aceitar as suas derrotas com a cabeça erguida, com a graça de um adulto e não com a tristeza de uma criança. E aprende a construir todas as suas estradas no hoje, porque o terreno do amanhã é incerto demais para os planos, e o futuro tem o costume de cair no meio. Depois de algum tempo aprende que o Sol queima se ficar exposto por muito tempo. E aprende que não importa o quanto se importe, algumas pessoas simplesmente não se importam! E aceita que não importa quão boa seja uma pessoa, ela vai feri-lo de vez em quando e…

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Portal Casa Comum | Fundação Mário Soares

Editorial
2 de Janeiro de 2013
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Estamos hoje a iniciar uma nova etapa do projeto construído, desde 1996, no âmbito do Arquivo Mário Soares, a que muitos outros fundos documentais se juntaram entretanto.
Concebido como um projeto de salvaguarda, tratamento e disponibilização pública de documentação histórica relevante, desde o início que a vertente digital foi um elemento fulcral deste projecto – basta atentar em que, logo em 1997, foram colocados acessíveis na internet numerosos documentos e, desde aí, não cessou de crescer essa componente de serviço público.
Hoje, volvidos cerca de 16 anos, chegou o momento de abrir na internet uma nova plataforma, que congrega fundos documentais de diferentes instituições e países e permite o seu cruzamento, abrindo acrescidas oportunidades ao público em geral e aos investigadores.
Trata-se de uma plataforma em língua portuguesa, especialmente vocacionada para servir instituições dos países da CPLP e que, estamos em crer, pode abrir novas e profícuas perspetivas de desenvolvimento dos trabalhos de preservação da Memória Histórica nos nossos países, solidificando as ações de cooperação entretanto desenvolvidas.
No próximo dia 11 de Janeiro de 2013, será formalmente apresentado o portal casacomum.org, dando assim a conhecer as suas potencialidades e as realidades já inscritas nesta nova plataforma eletrónica.

FONTE: http://www.casacomum.org/cc/

Prémio Literário Casino da Póvoa divulga finalistas

Já são conhecidos os oito finalistas do Prémio Literário Casino da Póvoa, no valor de 20 mil euros, atribuído no âmbito da 14ª edição do Correntes d’Escritas – Encontro de Escritores de Expressão Ibérica, que irá realizar-se entre 21 e 23 de fevereiro de 2013.
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São os seguintes:
A Terceira Miséria, Hélia Correia, Relógio D’ Água
As Raízes Diferentes, Fernando Guimarães, Relógio d’Água
Caminharei Pelo Vale da Sombra, José Agostinho Baptista, Assírio & Alvim
Como se desenha uma casa, Manuel António Pina, Assírio & Alvim
De Amore, Armando Silva Carvalho, Assírio & Alvim
Em Alguma Parte Alguma, Ferreira Gullar, Ulisseia
Lendas da Índia, Luís Filipe Castro Mendes, Dom Quixote
Negócios em Ítaca, Bernardo Pinto de Almeida, Relógio D’Água

Guterres na Gulbenkian in “Sol”

O Alto-Comissário das Nações Unidas para os Refugiados António Guterres e o constitucionalista e professor catedrático jubilado Gomes Canotilho são desde hoje administradores da Fundação Gulbenkian.
Os dois novos membros não executivos substituem no cargo Eduardo Lourenço e André Gonçalves Pereira que atingiram o limite dos seus mandatos em Setembro passado.

Segundo a nota oficial da Gulbenkian, o ex-primeiro ministro António Guterres não receberá qualquer remuneração pelo o cargo, que só aceitou depois de expressamente autorizado pelo Secretário-geral das Nações Unidas.

O Conselho de Administração da Gulbenkian é presidido por Artur Santos Silva e integra os administradores executivos Diogo de Lucena, Isabel Mota, Eduardo Marçal Grilo, Teresa Gouveia e Martin Essayan. O outro membro não executivo é o antigo presidente da Fundação Rui Vilar.

joana.f.costa@sol.pt

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Curso de escrita criativa – B-Learning – Porto (6 de Abril a 15 de Junho) – Versão de 10 semanas | Docente: Luís Carmelo

Curso de escrita criativa – B-Learning – Porto (6 de Abril a 15 de Junho)- Versão de 10 semanas

CONTEÚDOS:

Bloco 1 – Descrição/Seleccionar, ordenar, singularizar.
Bloco 2 – Descrição/Pontos de vista.
Bloco 3 – Descrição/Impressionismo e expressionismo.
Bloco 4 – Descrição/ Paisagens e ambientes.
Bloco 5 – Narração/Matéria e circunstâncias.
Bloco 6 – Narração/Os pontos de vista narrativos.
Bloco 7 – Narração/Exposição, complicação, clímax e desfecho.
Bloco 8 – Figurações e funções.
Bloco 9 – Poética/Expressão poética, metáfora e autoreferencialidade.
Bloco 10 – Poética/O eixo das similaridades e a questão do ritmo.
COMPETÊNCIAS A INTERIORIZAR:
1 – Aprofundar de modo muito pragmático as potencialidades plásticas oferecidas pela língua portuguesa.
2 – Optimizar a expressão individual, através da indagação experimental e da exploração dos materiais linguísticos.
3 – Incorporar e aplicar dispositivos que optimizarão a eficácia nas áreas da descrição, da narração e da poética.
4 – Estimular a expressão estética, aliando dados técnicos à natureza codificadamente literária.

PREÇO: 252 €

Ver aqui: http://www.escritacriativaonline.com/artigo.asp?cod_artigo=180849

Das Culturas

O Clube de Leitores vai concorrer novamente a Blog do Ano, numa votação levada a cabo pelo Aventar

“O Aventar organiza pela segunda vez um concurso de blogues com o objectivo de promover e divulgar o que de mais interessante se faz na blogosfera portuguesa e de língua portuguesa, e demonstrando a sua diversidade.

É organizado em duas fases de apuramento, a primeira aberta a todos os que queiram participar e a segunda constituída pelos 5 mais votados de cada categoria.”

O Clube de Leitores volta a marcar presença na edição deste ano. Desta feita numa só categoria: Livros / Literatura / Poesia.

FONTE: http://www.blogclubedeleitores.com/2013/01/o-clube-de-leitores-vai-concorrer.html

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MATT MULLICAN | A Single Line | Christina Guerra Contemporary Art

17/1 às 22:00 até 27/2 às 20:00

Matt Mullican for this 4th show at Christina Guerra Contemporary Art proposes a simple concept of a single drawn line as the common Architecture that binds the works in his upcoming show.

In the 1970’s Mullican’s Exhibitions could all be read as giant maps describing the relationship of subject to Sign to Art to World to Elements. For this show he brings back this device in order to bind and illustrate recent pictures and objects.

The single line is also a way of redefining what is possible in relationship to his earlier exhibitions at the gallery. Most of the work will be modest in scale and everything will be displayed on a line on the wall.

The line is syntax, structure, context and in a way it represents ‘linear thought’. Recently in an exhibition in Switzerland titled “Who Feels the Most Pain” Mullican used a drawn line to connect pictures of different media. Everything from Rubbings, notes, paintings, objects, models flags were incorporated and laid out all in a row. The thinking being that one understands the image of a man in a photograph in a different way than one understands a drawing of a man on a piece of paper.

The subjects of the pictures displayed on the line will include; Art, Society, Worship, Sex, Gods, Men and Women, Dreams, Work, Identity, Experience, War, Love, Truth, Beauty, Subject, Sign, World, Element, Brain, Cosmology, Coffee Cup, Notebook.

The forms of the pictures displayed will include photo’s, Xeroxes, rubbings, lightboxes, collages, drawings, paintings, etc.
Pictures on the line could also be displayed in groups as in displaying a book.

The artist will be present.

Matt Mullican (b. Santa Monica, CA, 1951) lives and works in Berlin and New York. Important exhibitions include “Organizing the World,” Haus der Kunst, Munich; “12 by 2,” Institut d’Art Contemporain, Villeurbanne, France; Kröller Müller Museum, Otterlo, the Netherlands; STUK Kunstencentrum, Leuven, Belgium; “Pictures Generation: 1974-1984”, Metropolitan Museum of Art, NY, USA; “Matt Mullican: A Drawing Translates the Way of Thinking”, The Drawing Center, NY, USA.

FONTE: https://www.facebook.com/events/329991550447266/

MATT

«O cadáver adiado»

De Leonel Vicente

Leonel Vicente's avatarMemória Virtual

O Acordo Ortográfico não ficará incólume e as suas regras serão revistas e modificadas. Ninguém esconde no Brasil esta necessidade de revisão e correcção, tão cultural, social e politicamente sentida que está na base do adiamento decretado. Se as regras vão ser modificadas, e quanto a este ponto não pode subsistir qualquer espécie de dúvida, será um absurdo absoluto que se mantenha a veleidade de as aplicar em Portugal na sua forma presente. Não se pode querer contestar oficial ou, sequer, oficiosamente a existência de três grafias, nada menos de três, como resultado grotesco de uma tentativa sem pés nem cabeça de uniformização delas em todos os países que falam português: a brasileira, a angolana e moçambicana e a irresponsável que é a portuguesa. Torna-se imperativo o reconhecimento oficial de que a única ortografia que está em vigor em Portugal é a que já vigorava antes das desastrosas pantominas que…

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Dulce Maria Cardoso em destaque no Brasil

O Retorno, de Dulce Maria Cardoso, posicionou-se entre os melhores livros de 2012 no Brasil, de acordo com a selecção do jornal O Globo. A lista é constituída por 15 títulos, incluindo não-ficção e autores estrangeiros. Entre os restantes selecionados, encontram-se Solidão continental, de João Gilberto Noll, e Formas do Nada, de Paulo Henrique Britto.

10 jan | 18h30 | Lisboa (LeYa na Buchholz): Isabel Jonet e Luís Palha da Silva são os convidados da 4.ª sessão de “Os livros que Influenciaram os Líderes”

ISABEL JONET E LUÍS PALHA DA SILVA SÃO OS CONVIDADOS DA PRÓXIMA SESSÃO DE “OS LIVROS QUE INFLUENCIARAM OS LÍDERES”

Quinta-feira, 10 de janeiro, 18h30 – Livraria LeYa na Buchholz, Lisboa (Marquês de Pombal)

Realiza-se no próximo dia 10 de janeiro, pelas 18h30, na livraria LeYa na Buchholz, em Lisboa, a quarta sessão do ciclo “Os livros que influenciaram os líderes” – uma iniciativa do grupo editorial Leya e da revista “Executive Digest” que consiste em promover encontros entre líderes portugueses para que partilhem com o público os livros e autores que mais os influenciaram ao longo das suas vidas.

A próxima sessão sentará frente a frente, e em torno dos livros, Isabel Jonet, Presidente do Banco Alimentar Contra a Fome, e Luís Palha da Silva, Vice-Presidente da Galp Energia. A conversa será moderada por José Prata, editor da Lua de Papel. A participação é livre.

As concorridas sessões anteriores deste ciclo de encontros já reuniram Luís Paulo Salvado (Novabase) e Carlos Liz (Apeme), Carlos Coelho (Ivity) e Paulo Morgado (Capgemini), e João Costa (PepsiCo Bebidas Iberia) e Fernando Neves de Almeida (Boyden Portugal).

A livraria LEYA NA BUCHHOLZ fica situada na Rua Duque de Palmela, nº4, em Lisboa (ao Marquês de Pombal).

Depardieu : “La Russie est une grande démocratie”

Dans une lettre aux médias russes, l’acteur fait une grande déclaration d’amour à son pays d’accueil.

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L’acteur français Gérard Depardieu a confirmé jeudi avoir fait une demande de passeport russe et s’est dit ravi qu’elle ait été acceptée par le président Vladimir Poutine, qui lui a accordé plus tôt dans la journée la citoyenneté, dans une lettre diffusée par une chaîne de télévision russe.

“Oui, j’ai fait cette demande de passeport et j’ai le plaisir qu’elle ait été acceptée. J’adore votre pays, la Russie, ses hommes, son histoire, ses écrivains”, a déclaré l’acteur de 64 ans dans cette lettre diffusée en français par la chaîne russe Pervyi Kanal.

Voici l’intégralité de la lettre de Gérard Depardieu : 

“Oui j’ai fait cette demande de passeport et j’ai le plaisir qu’elle ait été acceptée.

J’adore votre pays la Russie, ses hommes, son histoire, ses écrivains.

J’aime y faire des films où j’aime tourner avec vos acteurs comme Vladimir Mashkov.

J’adore votre culture, votre intelligence.

Mon père était un communiste de l’époque, il écoutait Radio Moscou ! C’est aussi cela, ma culture.

En Russie il y fait bon vivre. Pas forcément à Moscou qui est une mégapole trop grande pour moi.

Je préfère la campagne, et je connais des endroits merveilleux en Russie.

Par exemple, il y a un endroit que j’aime, où se trouve le Gosfilmofond, dirigé par mon ami Nikolai Borodachev.

Au bord des forêts de bouleaux, je m’y sens bien.

Et je vais apprendre le russe.

J’en ai même parlé à mon président, François Hollande. Je lui ai dit tout cela.

Il sait que j’aime beaucoup votre président Vladimir Poutine et que c’est réciproque.

Et je lui ai dit que la Russie était une grande démocratie, et que ce n’était pas un pays où un Premier ministre traitait un citoyen de minable.

J’aime bien la presse, mais c’est aussi très ennuyeux, car il y a trop souvent une pensée unique.

Par respect pour votre président, et pour votre grand pays, je n’ai donc rien à ajouter.

Si je veux ajouter encore sur la Russie, une prose qui me vient à l’esprit…

Que dans un pays aussi grand on n’est jamais seul,
Car chaque arbre, chaque paysage portent en nous un espoir.
Il n’y a pas de mesquinerie en Russie, il n’y a que des grands sentiments.
Et derrière ces sentiments beaucoup de pudeur.

Dans votre immensité, je ne me sens jamais seul,

Slova Rossii !!

Spasibo !”

 

FONTE:  http://www.lepoint.fr/societe/depardieu-je-vais-apprendre-le-russe-03-01-2013-1608322_23.php

Felicidário – 365 ideias para menores de 65

Se é difícil definir a felicidade aos 20, aos 30 e aos 40, imaginem aos 60 ou aos 70. Foi por isso que nasceu o Felicidário. O Felicidário é um calendário e também é uma espécie de dicionário com 365 definições práticas de felicidade. Aos 65, a felicidade é arrumar as botas e fazer crochet, é gozar o dolce fare niente ou fazer aquilo que nunca se fez? Todos os dias, durante um ano, o Felicidário sugere uma nova ideia de felicidade para maiores de 65 anos.

No Felicidário, a felicidade não tem idade e é ilustrada por Afonso Cruz, André Letria e Ricardo Henriques, André da Loba, Aka Corleone, Bernardo Carvalho, Carolina Celas, Irmão Lucia, Julio Dolbeth, Madalena Matoso, Maria Imaginário, Tiago Albuquerque e Yara Kono.

O Felicidário é um projecto da Associação Encontrar+se em parceria com aLintas.

Ver aqui:  http://felicidario.encontrarse.pt

Ilustrada por Afonso Cruz

Ilustrada por Afonso Cruz

Mulheres vencem em todas as categorias de prémio literário no Reino Unido in “Diário Digital”

Pela primeira vez na história do prémio literário britânico Costa Book Awards, mulheres venceram em todas as categorias. Cada vencedor por categoria recebe 5 mil libras.

A romancista Hilary Mantel recebeu o prémio de melhor romance com «Bring up the Bodies», que já lhe tinha dado o prémio Man Booker e o National Book Award na categoria de Autor do Ano.
A escritora Mary Talbot e o seu marido Bryan Talbot -veterano da BD – receberam o prémio de melhor biografia com o romance gráfico «Dotter of her Father’s Eyes», a biografia da filha de James Joyce, Lucia, que se entrelaça com as memórias da relação perturbada da autora com o seu pai, o académico especialista em Joyce, James S. Atherton.

A jornalista e escritora Francesca Segal recebeu o prémio de melhor primeira obra com «The Innocents», que se passa numa comunidade judia em Londres.

A poeta escocesa Kathleen Jamie recebeu o prémio de poesia pela sua antologia «The Overhaul» e o prémio da literatura infantil foi para a escritora e ilustradora Sally Gardner por «Maggot Moon».

No próximo dia 29, numa cerimónia em Londres, será anunciado o livro do ano.

Diário Digital

Diário Digital

 

Bolas de Neve em Janeiro no Teatro Rápido

“Bolas de neve, Dalila. Bolas de neve. Toda a gente as causa vida fora. Atos particulares, aparentemente inocentes, que rebolam ladeira abaixo, arrastando um conjunto futuro de eventos. Às vezes, de crescente maléfico. E a Dalila, ao longo da vida, já causou muitas bolas de neve.”
Uma mulher presa num mundo imaginário sem fim, é confrontada com as suas ações, promessas, ou simples reações que afetam a vida de outros, mesmo sem ter noção disso.SALA 1 – Bolas de Neve
Horário das sessões: 18h00 / 18h25/ 18h50/ 19h15/ 19h40/ 20h05
de quinta a segunda | M/12 | 3€Texto Susana Romana
Encenação Bernardo Gomes de Almeida
Interpretação Ana Varela e Ricardo de Sá

Rua Serpa Pinto, 14, 1200-445 Lisboa
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Leitores do PÚBLICO elegem Afonso Cruz, ALT-J e Moonrise Kingdom como os melhores do ano

Há dois nomes portugueses entre os melhores do ano para os leitores do PÚBLICO. Afonso Cruz, que venceu de forma inequívoca a votação para eleger o melhor livro de 2012, com Jesus Cristo Bebia Cerveja. Miguel Gomes ficou em segundo nas preferências dos leitores para o cinema, com o muito aplaudido Tabu.

As escolhas foram feitas online em três votações separadas ao longo de quatro dias – entre dia 28 de Dezembro e o último dia do ano –, a partir de três listas com 50 livros50 discos e 50 filmes pré-seleccionados pelos jornalistas e críticos do PÚBLICO.

Jesus Cristo Bebia Cerveja (Alfaguara) venceu com 19% dos votos na Literatura, à frente de A Piada Infinita de David Foster Wallace (Quetzal) e de 1Q84 de Haruki Murakami (Casa das Letras), que amealharam respectivamente 10% e 9% dos votos. O resultado desafia as escolhas do ípsilon, que não incluíam nem Afonso Cruz nem Murakami (à frente ficaram, além de Foster Wallace em terceiro, O Bom Soldado de Švejkde Jaroslav Hašek em primeiro e Já Então a Raposa Era o Caçador de Herta Müller em segundo).

No cinema, Tabu foi, para os críticos do PÚBLICO, o filme do ano. Mas os leitores que participaram na votação preferiram Moonrise Kingdom (14%), de Wes Anderson. O filme de Miguel Gomes ficou em segundo (13%) e Vergonha, de Steve McQueen, em terceiro (11%). Estes dois também fizeram parte dopódio no ípsilon.

À lista de 50 filmes levada a votos, os leitores acrescentaram, no espaço para comentários, muitos outros títulos. Entre os mais citados encontram-seAmigos Improváveis (Olivier Nakache e Eric Toledano), Cloud Atlas (irmãos Wachowski), Looper – Reflexo Assassino (Rian Johnson), Os Vingadores(Joss Whedon) e Temos de Falar Sobre Kevin (Lynne Ramsay).

Nos discos, Tame Impala é consensual entre críticos e leitores: Lonerism é um dos melhores do ano. Só muda a posição na tabela, do primeiro lugar para o segundo (8%). Para os leitores, o melhor disco de 2012 foi An Awesome Wavede ALT-J (10%). The xx é o terceiro nome no topo da lista, com Coexist, com o mesmo resultado de Tame Impala (8%).

A escolha do disco do ano foi a que mais participação gerou. E mais sugestões de novos títulos para a lista: Desfado de Ana Moura, Wrecking Ball de Bruce Springsteen, Shields de Grizzly Bear e Confess de Twin Shadow foram alguns dos álbuns de que os leitores mais sentiram falta na votação.

FONTE:  () – http://www.publico.pt/cultura/noticia/leitores-do-publico-elegem-afonso-cruz-altj-e-moonrise-kingdom-como-os-melhores-do-ano-1579128?fb_action_ids=466955423341536&fb_action_types=og.recommends&fb_source=other_multiline&action_object_map=%7B%22466955423341536%22%3A514911288529710%7D&action_type_map=%7B%22466955423341536%22%3A%22og.recommends%22%7D&action_ref_map=%5B%5D

Foto: RUI GAUDÊNCIO

Foto: RUI GAUDÊNCIO

Nadine Gordimer dá voz a “O Centauro” de José Saramago

“I’m Nadine Gordimer and I’m going to read a story of the great José Saramago”: assim começa a leitura do conto “O Centauro”, incluída no livro “Objecto Quase” (1978), hoje publicada na série de short stories da versão online do jornal britânico The Guardian.

Esta gravação faz parte da série de contos escolhidos por grandes escritores que o The Guardian está a publicar desde o dia 21.

Nadine Gordimer considera que este texto é “uma fábula extraordinária”, que fala de “uma criatura imaginária, algo que é maior e melhor e diferente de um homem”. “Este é o sonho de uma criatura que é metade cavalo, metade homem, com a força física de um cavalo e a complexidade mental de um homem”,  e que aborda o conflito entre a mente e o corpo”.

A série de contos que o The Guardian publica nas semanas de Natal e Ano Novo começou com a leitura, por Zadie Smith, de “Umberto Buti” de Giuseppe Pontiggia. Seguiram-se Richard Ford a ler “The Student’s Wife”, de Raymond Carver, RuthRendell com a leitura de “Canon Alberic’s Scrapbook” de M.R.James e, ontem, Simon Callow com “A Árvore de Natal” de Charles Dickens.

Prémio Nobel da Literatura em 1991, a escritora sul-africana nasceu em Joanesburgo em 1923 e é autora de “Um mundo de estranhos”, “A história do meu filho” e “O fim dos anos burgueses”, entre outros romances.

Nadine Gordimer e José Saramago foram amigos, cruzaram-se em diversos continentes em conferências e apresentações de livros um do outro. Estiverem presentes ambos em 2001 no centenário do Prémio Nobel, em Estocolmo. Saramago participou num livro organizado por Gordimer a favor da luta contra a Sida na África do Sul e no mundo.

Nadine Gordimer