Café littéraire Al-Rûmi | Sacré Coeur | Alger

Chères et chers membres, Vous êtes conviés à assister une séance de dédicaces du roman « Les maux conjugués », le 3ème roman de Jugurtha Abbou. L’événement aura lieu à votre café littéraire Al-Rûmi Samedi le 14 Mai 2022 à 13:30.

Bienvenus

Aperçu:

« Les maux conjugués » est le titre de la 3e œuvre de Jugurtha Abbou. Ce roman évoque la période du début des années 2000, qui a vu sur le plan national, deux tragédies naturelles, les inondations de Bab El Oued et le séisme de Boumerdes, et sur le plan international, les attentats du 11 septembre et le bouleversement des relations internationales, l’invasion de l’Irak notamment.

Pour illustrer cette époque, l’auteur raconte l’histoire de Mehdi. Cet étudiant en italien était épris de Houria, sa camarade du lycée puis de l’université, avant que le sort ne la ravisse à lui, victime qu’elle soit du tremblement de terre de 2003, elle qui, deux ans auparavant, avait perdu son frère dans les inondations de Bab El Oued. L’existence de Mehdi vire alors au cauchemar. Désormais, il n’a qu’une idée en tête : partir. Hélas! Sa demande de visa est rejetée. Il se résout alors à partir en harraga avec l’aide d’Amel, une fille louche, via la Libye. Mais le rêve de Mehdi se trouvera horriblement détourné lorsqu’il se voit embarqué vers une destination aux antipodes de son rêve italien. Car c’est en Irak qu’il atterrit, un pays en ruines laissé par les Coalisés après l’expédition destructrice du printemps 2003.

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‘Homem de papel’, uma metaficção machadiana | João Almino | por Adelto Gonçalves

Oitavo romance de João Almino será fundamental para quem quiser saber, daqui a cem anos, o que foi o Brasil destes tempos.

I 

Foi quando já estava em seus derradeiros anos que Machado de Assis (1839-1908) escreveu o romance Memorial de Aires (1908) e que tem como personagem principal o conselheiro Aires, um diplomata em fim de carreira que já havia aparecido em Esaú e Jacó (1904) como participante do enredo, anotando em seu caderno tudo o que de mais significativo acontecia ao redor de sua vida. Esse personagem-narrador seria um alter ego do autor, como deixam concluir algumas coincidências, tais como a idolatria que dedica à mulher e a ausência de filhos em seu casamento. 

Pois é esse personagem carismático que já não se sentia como “deste mundo”, pois se achava um homem do século XIX, que o premiado romancista João Almino ressuscita e transporta para o século XXI em sua última obra, Homem de papel (Editora Record, 2022), que, desta vez, alinha-se ao gênero da metaficção, ao romper com os cânones do Modernismo, mostrando-o como um autor pós-modernista. É o que se conclui da observação do professor Abel Barros Baptista, da Universidade Nova de Lisboa, feita no posfácio, ao ressaltar que “a primeira possibilidade de Homem de papel é assim a metaficcional”, com “Aires narrando-se de novo, mas para se inventar novo”. 

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