Baptista-Bastos editado na Bulgária

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A prestigiosa editora Ferrago Print, de Sófia, Bulgária, vai publicar o romance de Baptista-Bastos Viagem de um Pai e de um Filho pelas Ruas da Amargura, em tradução de Sidónia Poljarieva, professora e investigadora de literatura portuguesa.
Esta obra é a quarta do autor editada naquele país, depois de As Palavras dos Outros, Cão Velho entre Flores e O Cavalo a Tinta-da-China.
De salientar, igualmente, que o romance Cão Velho entre Flores foi, há anos, o livro mais requisitado na Biblioteca Municipal de Sófia.

 

Livra-te do Medo – Zeca Afonso

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A biografia mais completa sobre uma voz maior do 25 de Abril

A obra mais completa até hoje publicada sobre José Afonso chega às livrarias no dia 17 de abril, numa edição Porto Editora. Zeca Afonso – Livra-te do Medo, de José A. Salvador, é uma biografia largamente ilustrada com fotografias, fac-símiles de manuscritos e vários documentos inéditos dos arquivos da PIDE e da censura.

Prefaciado por Adelino Gomes, este livro apresenta uma longa entrevista ao cantautor, bem como depoimentos de familiares e amigos. Permite ainda conhecer a sua relação com a literatura, a sua biblioteca (com 829 livros numerados e assinados), o início da carreira, os tempos de perseguição e prisão, e a doença que lhe foi fatal.

José Afonso foi indiscutivelmente uma das grandes vozes da Revolução de Abril. «Grândola, Vila Morena» é um tema que, ainda hoje, procura ser instrumento de intervenção, e este ano, para além dos 40 anos do 25 de Abril, comemoram-se também os 50 anos de vida desta canção.

João Negreiros – poesia

O escritor português foi o primeiro classificado no Prémio Internacional OFF FLIP de Literatura (2009). Em Portugal, entre outros prémios, João Negreiros venceu o Prémio de Poesia Nuno Júdice e o Prémio Dias de Melo com o seu primeiro romance intitulado “O sol Morreu aqui”. Na área do teatro, a sua obra foi crescendo, tendo hoje quatro peças editadas, “Silêncio” e “Os Vendilhões do Templo”, “O segundo do fim” e “Os de sempre”. No âmbito da poesia, publicou quatro livros: “o cheiro da sombra das flores”, “luto lento”, “a verdade dói e pode estar errada” e “o amor és tu”. Em 2010, é editado também o primeiro livro de prosa do autor “O mar que a gente faz”. Para além de escritor, João Negreiros é actor e tem divulgado a poesia nacional através de espectáculos e vídeos de spoken word. Em 2011, o artista foi o representante da Literatura Portuguesa na 7ª edição do conceituado Festival Internacional das Artes de Castela e Leão.

Uma Outra Voz – Prémio Leya 2013

Uma Outra Voz

João José Mariano Serrão foi um republicano convicto que contribuiu decisivamente para a elevação de Estremoz a cidade e o seu posterior desenvolvimento. Solteiro, generoso e empreendedor como poucos, abriu lojas, cafés e uma oficina, trouxe a electricidade às ruas sombrias e criou um rancho de sobrinhos a quem deu um lar e um futuro. É em torno deste homem determinado, mas também secreto e contido, que giram as cinco vozes que nos guiam ao longo deste livro., numa viagem que é a um tempo pessoal e colectiva, porque não raro as estórias dos narradores se cruzam com momentos-chave da Baseado em factos reais, Uma Outra Voz é uma ficção que nos oferece uma multiplicidade de olhares sobre a mesma paisagem, urdindo a história de uma família ao longo de um século através das revelações de cada um dos seus membros, numa interessante teia de complementaridade.

Livro Vencedor do Prémio Leya 2013

Citando Luísa Franco

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O cemitério onde repousarei conterá, por baixo, a lava primitiva da ilha e, por cima, as escorrências milenárias vivas da sua erosão, transformadas em pedra negra. Assentarei definitivamente entre dois deuses naturais – a lava de pedra e a terra da vida -, como se assentasse no colo de deus, protegida pelos seus braços e o seu hálito. Não preciso de outro deus, chega-me a Montanha. Entendo o Espírito Santo como o Espírito da Montanha, sempre presente na ilha, modelando-a geograficamente e modelando o viver dos homens em torno do mar. A Montanha é o meu Espírito Santo, a morada da minha alma, em vida e na morte.

A Montanha e o Titanic, de Luísa Franco (edição de Miguel Real)

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Sempre o Diabo, Donald Ray Pollock

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«Isto é o grau máximo da crueza que a ficção americana pode atingir. É uma experiência inesquecível.» San Francisco Chronicle

«Tentem imaginar uma rixa de bêbados entre um Hemingway rústico e um Raymond Carver estimulado a anfetaminas.» Daily Telegraph

Localizado no sul rural do Ohio e da Virginia, Sempre o Diabo segue um elenco de magnéticas e bizarras personagens, desde o fim da Segunda Guerra Mundial até aos anos 60: Willard Russell – veterano atormentado pela carnificina no Pacífico Sul –, que não consegue salvar a sua bonita mulher, Charlotte, da morte agonizante de um cancro, apesar do sangue sacrificial que derrama sobre o tronco das orações. Carl e Sandy Henderson, a equipa de marido e mulher assassinos em série, rolando pelas autoestradas da América, em busca de modelos para fotografar e exterminar. Roy, o pregador tratador de aranhas, e o seu sócio, Theodore, deficiente e exímio guitarrista. No meio de tudo isto, Arvin Eugene Russell, o filho órfão de Charlotte, que cresce e se transforma num homem bom, mas também violento à sua maneira.

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Citando Teolinda Gersão

A tentação, sempre repetida, de quase abandoná-las e só aparecer de vez em quando, porque a sua doença, o seu declínio, a sua depressão nos contagia, a sua imagem é a nossa própria, no espelho do tempo, e estar ao seu lado é repetitivo e triste, porque é a nossa morte que encontramos nelas.

Passagens, de Teolinda Gersão, Sextante Editora.

Os ficheiros Snowden, de Luke Harding

O livro revelação sobre Edward Snowden

Os Ficheiros Snowden desvenda informações autênticas e desconhecidas sobre o homem mais procurado do mundo 4 de abril é o dia em que chega a Portugal, numa edição da Porto Editora, Os Ficheiros Snowden, o livro de Luke Harding sobre o homem que despoletou a polémica e a suspeita global sobre a segurança e a privacidade de todos os cidadãos. Esta história, verídica e tão entusiasmante como um bom romance de espionagem, revela todo o percurso de Edward Snowden, desde que divulgou ao The Guardian as suas informações sobre a Agência de Segurança Nacional americana, em Hong Kong, até ao seu exílio na Rússia, onde está ainda hoje.

A perseguição de que Snowden foi vítima, o controlo americano sobre os cidadãos de todo o mundo e as escutas ilegais a altos representantes do Brasil, França, Alemanha e Indonésia são alguns dos assuntos tratados neste livro, onde também se faz referência a Portugal, aquando da passagem aérea de Snowden pelo país.

 

O REGRESSO A CASA de Harold Pinter

Noite de estreia no Dona Maria: O REGRESSO A CASA de Harold Pinter.

Tradução Pedro Marques Com João Perry, RúbenGomes, Maria João Pinho, Elmano Sancho, João Pedro Mamede e Jorge Silva MeloCenografia e Figurinos Rita Lopes Alves Construção Thomas Kahrel Luz Pedro DomingosFotografias Jorge GonçalvesAssistência Leonor Carpinteiro e NunoGonçaloRodriguesProduçãoExecutiva João MeirelesEncenação Jorge Silva Melo

Uma ProduçãoTeatro Nacional D. Maria II/Teatro Nacional S. João/Artistas Unidos M16

saiba mais aqui

A Seta – André Sardet e Mayra Andrade

A Seta é o tema de André Sardet, interpretado em parceria com Mayra Andrade, composto para a banda sonora do filme Sei Lá.

Sei Lá é baseado no livro com o mesmo título de Margarida Rebelo Pinto, publicado em 1999. Joaquim Leitão realiza e Tino Navarro é o produtor.

Do elenco fazem parte Leonor Seixas, Ana Rita Clara, Patrícia Bull, Gabriela Barros, António Pedro Cerdeira, Pedro Granger, Rui Unas e Rita Pereira.

O enredo aborda a vida de uma mulher de 30 anos que tenta recompor-se de um desgosto amoroso.

Dia Mundial da Consciencialização do Autismo

Dia Mundial da Consciencialização do Autismo [2 de Abril] from Augusto Lado on Vimeo.

Neste DIA MUNDIAL PARA A CONSCIENCIALIZAÇÃO DO AUTISMO a VENCER AUTISMO Portugal e a VA España em sinergia com a associação americana AUTISM SPEAKS vamos fazer do mundo um lugar mais azul!
Movimento “Ligh It Up Blue/Iluminar de Azul” está presente em todo mundo e consiste em iluminar de azul monumentos, casas e edificios. Para além disto todos podemos dar o nosso contributo para tornar o mundo mais azul e mais consciente para as perturbações do espectro do Autismo. Basta que dia 2 de Abril vista de azul, acenda uma vela azul, coloque um balão azul na sua janela.

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PERFUMES de Philippe Claudel

Um inventário que marca uma vida.

Perfumes é mais recente livro de Philippe Claudel.

A 4 de abril, a Sextante Editora publica o novo livro de Philippe

Claudel, Perfumes, onde cada um dos curtos capítulos é dedicado a um perfume da vida quotidiana. Organizados por ordem alfabética, os cheiros da infância, do passado e do presente, os mais delicados e os mais agressivos, têm um papel interventivo na história do narrador deste livro, que reconhece nos odores os acontecimentos marcantes a que assistiu, experiências ou pessoas que conheceu, e que despoletam emoções escondidas.

Escritor e realizador premiado, Philippe Claudel fez, aquando da escrita de Perfumes, uma retrospetiva da sua própria vida, e defende por isso que este será o seu livro mais íntimo. No catálogo da Sextante Editora está também o seu romance anterior, A investigação.

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O sussurrador.

Sussurrar ao cavalo como forma de o domar, sem castigo, apenas usando uma forma de comunicação baseada no gesto e nas sensações. A “doma india” estabelece um vínculo de confiança entre o cavalo e o seu tratador, conhecido pelo “Sussurrador”.

 

Dia Mundial do Teatro

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Só quando o ritual se separa do religioso e passa a assumir uma vertente autónoma e profana é que podemos falar das primeiras manifestações teatrais propriamente ditas. É então que os figurinos adquirem a sua importância como um dos componentes do espectáculo. Essa importância tem-no entanto, oscilado ao longo dos séculos, numa história marcada por muitos factores, como sejam a evolução do traje e as inovações tecnológicas associadas (matérias-primas; tingimentos; confecção; decoração e acessórios; etc.), a evolução do espaço de representação, os meios financeiros disponíveis para a sua execução e a própria importância que lhes é atribuída relativamente a outros componentes do espectáculo, como por exemplo o texto.

No Dia Mundial do Teatro, a Planeta lança este Manual de Teatro, um compêndio organizado por temas, desenvolvidos a partir de uma contextualização histórica inicial. Uma obra indispensável a quem se interesse por esta arte.

 

Os rapazes dos tanques

Viver o 25 de Abril

Os Rapazes dos Tanques, apresenta imagens e testemunhos exclusivos dos homens (oficiais, sargentos e praças) que estiveram frente a frente no Terreiro do Paço e no Carmo, no dia 25 de Abril de 1974. As fotografias de Alfredo Cunha e as entrevistas conduzidas por Adelino Gomes levam a (re)viver aquelas horas e a percebermos as dúvidas, os receios, a ansiedade, a tensão, a esperança, as alegrias vividas por cidadãos que, depois desse dia, regressaram, na maior parte dos casos, ao anonimato. E a conhecer, também, o olhar que esses homens têm sobre o país, quarenta anos depois.

Pela primeira vez, é dada voz a furriéis e cabos que não obedeceram às ordens de fogo do brigadeiro comandante das forças fiéis ao regime – um ato de justiça aos que estando, numa primeira fase, na defesa do regime arriscaram a vida e souberam estar à altura do desafio. Entre eles está o cabo apontador cuja ação Salgueiro Maia considerou decisiva para a vitória das forças revoltosas.

Os Rapazes dos Tanques simboliza em Salgueiro Maia e em todos eles a homenagem que Portugal presta, quarenta anos depois, aos militares que derrubaram a ditadura.

Citando Ana Luísa Amaral

Sobre a colcha branca, o seu corpo não voava, como podia acontecer em literatura: estava só estendido, em dor. E mesmo assim, em dor, dava-se à carícia.

Do Branco ao Negro – Branco, o conto de Ana Luísa Amaral.

Este belíssimo e pungente conto abre este livro com a cor branca. Todas as demais cores são luz distorcida, sonegada à sua pureza original. O amor vive-se em entrega e não conhece fronteiras entre seres. Uma ilustração de Rita Roquette de Vasconcellos remata com um apontamento gráfico de grande sensibilidades toda a beleza deste conto, captando a tranquilidade de um momento de despedida. A certeza que a vida se aceita como um dom e a saudade dura o tempo exato da memória que se desvanece. O fim também encerra a cor branca.

sobre o livro

Queda, de Jeff Abbott

Novo thriller do autor é uma corrida pela vida.

Depois de livros como Pânico, Medo e Colisão, chega às livrarias, no dia 25 de março, Queda, o novo thriller de Jeff Abbott, que marca a entrada deste autor bestseller na Porto Editora.

«Sinuoso, repleto de reviravoltas, surpreendente» (USA Today), este é o terceiro livro do autor protagonizado por Sam Capra, agora um ex-agente da CIA que procura viver tranquilamente, mas que entrará numa corrida de cinco dias pela sua vida, num enredo pleno de ação e suspense ininterrupto.

Com já vinte anos de carreira e 13 thrillers publicados, Jeff Abbott tem sido presença assídua nas listas de nomeados para prémios de literatura policial e de suspense: esteve nomeado três vezes para o Mystery Writers of America’s Edgar Allan Poe Award e duas vezes para o Anthony Award, atribuído pela World Mystery Conference.

Para Isabel, de Antonio Tabucchi

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Como definir uma história como esta? À primeira vista poderia parecer um romance fantástico, mas talvez fuja a todas as definições possíveis. Tabucchi deu-lhe um subtítulo: “um mandala”, mas na realidade, segundo critérios ocidentais, trata-se afinal de uma investigação, uma busca que parece conduzida por um Philip Marlowe metafísico.

Mas nesta investigação espasmódica e peregrina, à metafísica vem juntar-se um conceito muito terreno na vida: sabores, lugares, cidades, imagens que estão ligadas ao nosso imaginário, aos nossos sonhos, mas também à nossa experiência quotidiana.

O leitor português reconhece neste livro uma geografia familiar (Lisboa, Barcelos, Cascais e a Arrábida), mas a acção desloca-se também para o Extremo Oriente (Macau), para a Suíça e para a Itália. E esses mesmos lugares surgem-nos então, através do olhar de Antonio Tabucchi, surpreendentemente transfigurados.

Nas livrarias a 25 de Março

O lugar de um povo numa revolução

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Em maio de 1975 Gabriel Garcia Márquez chega a Lisboa, cidade de «restaurantes populares, onde se come um delicioso arroz com sangue de galinha, e os empregados debatem-se com uma dúvida: no regime atual, é justo que recebam gorjeta?»
O escritor estava boquiaberto. Não era preciso ser estrangeiro para ficar surpreendido. Ninguém que vivia em Portugal podia imaginar, ou imaginou, o que se ia passar entre 1974 e 1975 naquele canto da Europa Ocidental.

Nesta obra, História do Povo na Revolução Portuguesa 1974-75, Raquel Varela, apresenta-nos um retrato fundamentado e estruturado da participação popular na revolução do 25 de Abril. O povo pobre, analfabeto e pouco politizado que acorda para a revolução, para os seus direitos e para uma sociedade sem mais exploração do homem pelo homem; os artistas expressando a sua liberdade nos murais, no teatro, na escrita e nas canções; os que, tendo uma maior consciência política, partiram para o exílio e oposição ao regime e regressam para integrar a vida partidária; o papel da mulher na sociedade; a crescente consciência política da autodeterminação dos povos coloniais; etc. Este era o povo de Abril: o povo que já não tem medo.

Hoje, este livro tem a sua primeira apresentação no Festival Literário da Madeira,às 18h, no Teatro Municipal Baltazar Dias, a cargo do escritor Miguel Real.

TAS – Camarim

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Os atores Carlos Alves e Ana Campaniço apresentam, nos dias 21 e 22 de março, às 21h30, no TAS – Teatro Animação de Setúbal, a peça “Camarim”. Esta é uma criação dos dois artistas que aborda os bastidores e as relações por detrás das câmaras de televisão e fora das luzes do palco. Depois do sucesso da temporada em Lisboa, no Teatro Turim, o espetáculo será agora apresentado em Setúbal.

“A ideia de trazer o camarim para a vista do público foi o ponto de partida para a conceção deste espetáculo. Fruto do nosso envolvimento no mundo da comédia, pensámos criar um texto que refletisse algumas das preocupações, ânsias e relações entre os artistas”, explicam os criadores.

O balanço entre a aparência e a verdade, entre a fama e a solidão, entre o drama e a comédia dão uma paradoxalidade ao espetáculo que pretende atenuar a linha entre o choro e o riso.

retirado da Gazeta de Artistas

O Segredo do Hidroavião

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No dia 16 de Julho de 1948, o hidroavião Miss Macau fazia mais uma viagem entre Macau e Hong Kong. Entre os passageiros embarcados estava um grupo de chineses que haveria de tentar sequestrar o hidroavião, fazendo com que este se despenhasse nas águas do mar, matando tripulação e passageiros. O único sobrevivente seria assassinado anos depois, junto à porta da cadeia, após a sua libertação. Por que razão?

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O RISO AMARELO de José de Lemos


O RISO AMARELO DE JOSÉ DE LEMOS | Há por aí quem ainda se lembre destes “bonecos” publicados no já extinto Diário Popular? Com certeza que sim. Pois tomem nota: muitos destes extraordinários cartoons estarão a partir de hoje expostos na Galeria da Casa da Cultura. A abertura é às 21:30 horas. José Ruy foi colega e amigo de Lemos e estará presente para falar dessa amizade.

José de Lemos fez muitas outras coisas sempre ligadas à comunicação ou aos jornais. Foi um generoso contador de histórias para a infância. Escreveu-as e ilustrou-as. Publicou-as em livro e viu-se distinguido com a inclusão destas suas histórias em antologias internacionais.

Este Riso Amarelo que agora se expõe na casarão da cultura, foram crónicas desenhadas e publicadas diariamente no jornal onde trabalhou longos anos. Estas crónicas foram a interpretação crítica dos dias de então. Os ambientes variavam entre casas de família, consultórios médicos, lojas, bares, restaurantes, tascas, esquadras de polícia e as ruas da cidade. Convocou personagens de toda a espécie para verbalizar a crítica: donas de casa, empregados de escritório, médicos, taberneiros, criados de mesa, putas e gabirus.

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Cidades da Noite Vermelha William S. Burroughs

Um viciado em ópio perde-se na selva; homens fazem guerra a um império de mutantes; um jovem e belo pirata confronta-se com a sua execução; e a população mundial está infetada por uma epidemia radioativa. Estas histórias ligam-se através de uma narrativa maior de mutilação e caos.

A ação desenvolve-se em dois planos, fazendo-nos navegar entre o século XVIII, em que a atuação de um grupo de piratas se rege pelos «Artigos» do capitão James Mission (que antecederam em cem anos os princípios da Revolução Francesa), e o século XX, em que um detetive investiga o desaparecimento e a morte ritual de um rapaz.

Em Cidades da Noite Vermelha, William S. Burroughs satiriza duramente as sociedades modernas, através de uma história de sexo, drogas, doença e aventura.

Novo romance de Teolinda Gersão

PassagensPassagens é um livro de celebração da vida, dos seus desafios e das suas complexidades.

A Sextante Editora publica, a 21 de março, Passagens, o novo romance de Teolinda Gersão, um livro que começa com um cenário de luto, mas que é, na verdade, um olhar penetrante sobre a vida e a sua complexidade, através de personagens de quatro gerações de uma família.

Por meio de diferentes vozes abordam-se grandes temas universais, como o amor, o sexo, a vida em comum, com os seus encontros e desencontros, o nascimento das novas gerações, o decurso do tempo e a morte, que não é mais do que uma passagem.

Teolinda Gersão é a convidada da próxima edição do Porto de Encontro, sessão que se realiza no dia 23 de março, às 17:00, na Biblioteca Almeida Garrett, e que conta com a participação de Nuno Carinhas e José Carlos Tinoco.

Raquel Varela no FLM

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Historiadora Raquel Varela apresenta novo livro no Festival Literário da Madeira.

História do Povo na Revolução Portuguesa 1974-75, o novo livro da investigadora Raquel Varela, terá a sua primeira apresentação no Festival Literário da Madeira, que decorre entre 17 e 23 de março. A sessão será no próximo dia 20 de março, às 18h, no Teatro Municipal Baltazar Dias. O livro será apresentado pelo escritor Miguel Real.

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Nova Teoria do Sebastianismo

Nova Teoria do SebastianismoNova Teoria do Sebastianismo é um ensaio que reflecte sobre o mito sebastianista como alucinação racionalmente falsa mas sentimentalmente verdadeira e nos dá a conhecer os autores que trataram o tema, desde Bandarra e Padre António Vieira até aos filósofos contemporâneos, passando por Fernando Pessoa, António Quadros, António Sérgio e Eduardo Lourenço.

O presente título insere-se numa colecção na qual foram já publicados dois outros títulos de Miguel Real: Nova Teoria do Mal e Nova Teoria da Felicidade enquanto propostas para uma ética do século XXI.

Nas livrarias a 18 de Março

Como Será Amanhã.

Como será ama­nhã’ é um tema sobre o que intuí­mos. Sobre o desejo. Sobre o amor. Sobre o medo de des­co­brir­mos que ama­nhã nunca é como pro­jec­ta­mos. Tive a enorme sorte de ter o tema can­tado pela Lara e de ser esco­lhido para a per­so­na­gem do Rogé­rio Samora na novela Sol de Inverno da SIC. O Jorge fez um belís­simo arranjo e a faixa com o ins­tru­men­tal serve de pano de fundo a momen­tos chave da per­so­na­gem e envolvente.

Rita Roquette de Vasconcellos, em escrever é triste.

(Conheça o tema aqui)

Citando Ana María Matute

Olhou-me pela primeira vez, com os seus grandes olhos azuis, parecidos ou talvez iguais aos do Unicórnio, e acrescentou: «Deve ter outra linguagem.» Com outra linguagem, e sabendo que as flores murchas podem ressuscitar de noite, e também contam as suas histórias as chávenas, os garfos, as agulhas de pontear e as frigideiras, passava eu, no meu barquinho de papel de jornal, até à gruta debaixo do alto e incómodo sofá, onde me permitiam ver, ouvir e cheirar todas aquelas criaturas, que fingiam não me ver mas que gostavam de mim.

Ana María Matute, escritora Catalã editada pela Planeta (excerto de Paraíso Inabitado)

“Ana María Matute enche-me de orgulho como mulher, como escritora, como exemplo de conhecimento, de experiência, de sabedoria, de humanidade e celebro-a em todas as suas vertentes e capacidades. Exalto-a e elevo-a. Desejo-lhe, com toda a admiração e a par desta complexa e temporária passagem pelo planeta Terra, muita saúde e as maiores felicidades em tudo, na sua condição humana e na sua literatura.” Cristina Carvalho

Uma Ligeira Dor – Teatro Sem Fios – Antena 2

TeatroEsta manhã, a Maria João Pinho, o Nuno Gonçalo Rodrigues e eu estivemos no antigo estúdio da Emissora onde gravámos UMA LIGEIRA DOR, uma peça radiofónica (a primeira, escrita em 1958) de Harold Pinter. Passa no Teatro Sem Fios da Antena Dois no Dia Mundial do Teatro, a 27 de Março. Pelas 21h. É um texto bem estranho, escorregadio, deslizante. Uma obra de juventude onde já surge tanto do que veio a escrever depois. Ouçam, ouçam.
Jorge Silva Melo, encenador, cineasta e crítico. (retirado do Facebook)

Na foto a actriz Maria João Pinho.

História do Povo na Revolução Portuguesa 1974-75

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«Raquel Varela é uma das mais brilhantes críticas sociais de Portugal dos nossos dias

Ricardo Antunes, sociólogo, autor de Os Sentidos do Trabalho

«A luta política assume nas sociedades contemporâneas, em condições de calendário eleitoral estável, essencialmente, a forma da luta entre os partidos. Quando uma revolução se coloca em movimento, no entanto, tudo pode ser subvertido, porque milhões de pessoas inativas ou até desinteressadas despertam para a luta social. Este livro apresenta-nos uma rigorosa investigação sobre a revolução portuguesa que ambiciona dar voz aos que não tiveram voz. Nos livros de história eles são, não poucas vezes, invisíveis. Mas são os rostos comoventes destas grandes massas populares que oferecem sentido àquelas maravilhosas fotografias da revolução portuguesa. Anónimos, os seus retratos nas manifestações dizem-nos tudo o que precisamos de saber sobre a esperança e a frustração, a fúria e o medo, o entusiasmo e a ilusão, e tudo aquilo que oferece grandeza à vida e não cabe em palavras. Foram eles que fizeram a revolução. Nas páginas deste livro bate um coração que tem respeito e admiração por essa gente.» Valério Arcary, historiador.

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Os Memoráveis, de Lídia Jorge

Os Memoráveis

Em 2004, Ana Maria Machado, repórter portuguesa em Washington, é convidada a fazer um documentário sobre a Revolução de 1974, considerada pelo embaixador americano à época em Lisboa como um raro momento da História.

Aceite o trabalho, regressa a Portugal, contrata dois antigos colegas, e os três jovens entrevistam vários intervenientes e testemunhas do golpe de Estado, revisitando os mitos da Revolução de Abril.

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A Mulher e a Literatura – Encontro

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Três escritoras e uma editora. Esta é a proposta doMuito cá de casa para este sábado, dia 8, dia Internacional da Mulher.

Em As Mulheres da Fonte NovaAlice Brito, oferece-nos o retrato de uma cidade conserveira a trabalhar para encher a despensa de uma europa à beira da guerra. Os homens no mar e as mulheres nas fábricas de conservas. Uma indústria de mulheres cheia de artes e segredos, cheia de lógicas próprias, perícias únicas e muita pulhice patronal. A riqueza fica nos bolsos dos patrões, a cidade e o país desperdiçam a oportunidade de melhorar o nível de vida das populações. As mulheres são operárias, donas de casa e mães. Pede-se-lhes ainda que sejam honradas. Os homens, sem direitos de cidadania, têm a autoridade definitiva sobre as mulheres e sobre elas impõem o que a sua educação machista lhes ensinou.
Ao longo do livro, ocasionalmente, uma voz desponta, uma voz contemporânea ao ato da escrita, ao nosso momento de leitura, que interroga a autora. Uma voz crítica, que vigia e chama a atenção: “Já disseste isso lá atrás…” Uma voz de mulher. Existe na escrita no feminino uma maior acutilância? Uma apurada consciência de combate?

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A Sétima Porta, de Richard Zimler

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Depois de A Sentinela e O Último Cabalista de Lisboa, a Porto Editora publica, a 7 de março, A Sétima Porta, um dos quatro romances de Richard Zimler inspirados nos manuscritos do cabalista Berequias Zarco que o autor encontrou em Istambul.

Com a Alemanha dos anos 30 como pano de fundo, a história deste livro é protagonizada por Sophie Riedesel, uma jovem ariana, católica e com um forte carácter. À sua volta, encontramos diversas personagens, umas mais caricatas, outras mais frágeis, e ainda as que, a seu tempo, serão consideradas de “raça impura”. Com a ascensão de Hitler ao poder, ela vai lutar contra a perseguição de que os seus amigos e família são vítimas e revoltar-se contra os que, sem força, se juntam ao regime.

Cristina Carvalho na Culsete

O universo da escrita de Cristina Carvalho move-se entre o fantástico e o romance de narrativa mais clássica. O conto marca também uma presença assídua, quer para adultos como na sua participação na coletânea Contos Capitais, quer para um público infanto-juvenil como em Tarde FantásticaAna de Londres, antes de ser romance, foi publicado como conto.

Dentro do fantástico, Lusco-Fusco é um breviário dos elementais e O Gato de Upsala a descoberta da idade adulta. Agneta e Elvis partem com a ilusão ver o Vasa, o maior navio de guerra até então construído e, quem sabe, subir bordo e conhecer terras distantes. O Vasa afundar-se-á diante dos seus olhos sem lhes levar o sonho de uma vida a dois que então começava. Homem e mulher completando-se como nas histórias mais antigas.

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CIDADE PROIBIDA – Lançamento no Teatro da Politécnica

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Sete anos depois da primeira publicação, regressa finalmente às livrarias Cidade Proibida, um romance desassombrado que retrata com intensidade e mestria o universo gay, o prazer erótico e a transgressão.

«É difícil ler um bom livro em que se fala livre e fulgurantemente de sexo, do prazer erótico e da transgressão. Eduardo Pitta fá-lo com a mestria de um grande narrador.» Helena Vasconcelos

 

A não perder!

 

Periferias – Festival de Artes Performativas

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A 3ª edição do Periferias – Festival de Artes Performativas em Sintra, abrirá no dia 4 de Março, às 17h, com a exposição “O secreto mundo das marionetas asiáticas”, na Vila Alda, Casa do Eléctrico de Sintra.

Esta exposição, que trará peças do futuro Museu de Marionetas de Macau, tem por objectivo dar a conhecer um pouco, todo o enquadramento histórico das marionetas no Oriente, assim como o seu processo evolutivo a nível cultural e social. Pretende ainda realçar a importância pedagógica do uso destas, não só a nível do ensino formal e académico mas principalmente ao nível da educação e sensibilização da população.

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Prémio Literário Casino da Póvoa 2014

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Manuel Jorge Marmelo venceu o Prémio Literário Casino da Póvoa 2014, no valor de 20.000€, com o romance Uma Mentira Mil Vezes Repetida, publicado em 2011 pela Quetzal.

O júri, constituído por Isabel Pires de Lima, Carlos Quiroga, Patrícia Reis, Pedro Teixeira Neves e Sara Figueiredo Costa, escolheu a obra de uma lista de quinze finalistas e de um total de 180 obras a concurso.

O prémio será entregue no próximo sábado, dia 22, na sessão de encerramento da 15ª edição do festival literário Correntes d’Escritas.

Uma Mentira Mil Vezes Repetida recebeu o aplauso unânime da crítica aquando da publicação. A atribuição deste prémio é um reconhecimento pela extraordinária qualidade deste livro mas também a consagração do percurso literário de Manuel Jorge Marmelo.

 

RTP – canal de cultura

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Ontem muita gente protestou: “A televisão não dá nada de jeito.” E, no entanto, a RTP Memória passou, em horário nobre, um excelente documentário sobre Rómulo de Carvalho/António Gedeão. Seria fácil complementar esta opção com uma ida ao RTP Play para ver uma entrevista da escritora Cristina Carvalho a respeito da biografia que escreveu sobre Rómulo de Carvalho, seu pai. Ou, ainda, escutar uma entrevista sua à Ana Daniela Silva, no À Volta dos Livros. Claro que um televisor com Internet e uma ligação WiFi, torna a experiência muito mais fácil.

Ou não. Na pesquisa “Ler Mais Ler Melhor Rómulo de Carvalho Cristina Carvalho” não se obtém a RTP Play como resposta, apenas nos surge o Youtube e o GoodReads. Podemos então ver o programa, mas fora da plataforma da RTP.

A RTP é o maior canal cultural de Portugal. A empresa tem a consciência disso e, por isso, criou o portal Ensina promovendo os seus conteúdos numa perspetiva didática. Por que não criar um portal RTP Cultura que ofereça informação sobre os programas culturais do dia, que a sua programação linear oferece, e complementar com o arquivo disponível no RTP Play?

Rómulo de Carvalho e Seu Amigo António Gedeão

Documentário realizado em 1996 sobre o professor de química e também poeta – Rómulo de Carvalho / António Gedeão – realizado por altura do seu 90º aniversário.

Nascido em Lisboa, no Bairro da Sé, Rómulo de Carvalho fez o curso de Físico-Químicas na Faculdade de Ciências do Porto e foi depois professor do ensino secundário nos Liceus Camões e Pedro Nunes.

Divulgador da ciência, só tardiamente publicou o seu primeiro livro de poesia, mas alguns poemas atingiram grande notoriedade, nomeadamente “Pedra Filosofal”, “Lágrima de Preta” e “Calçada de Carriche”.

Quarta-feira, 19 de fevereiro, às 21:30, na RTP Memória ou quando quiser no RTP Play

Como transportar uma árvore.

A empresa australiana Vicroads criou um engenho para transportar árvores que, por algum motivo, precisam sair de um ponto para outro. Neste caso, as obras entre duas estradas em Berwick, nos arredores de Melbourne, obrigavam à recolocação de algumas árvores. De forma rápida e eficaz, e sem agredir o ambiente, a Vicroads tratou do assunto.

O trabalho consiste em levar o camião, com um equipamento especial, para junto da árvore, cavar em volta e levá-la sem danificar as raízes. Depois o camião desloca-se para o novo lugar e faz a cova onde ela será plantada.

fonte Portal Invest

Remembering the artist Robert De Niro, Sr.

Pai De Niro

Robert De Niro, Sr. fez parte da afamada New York School of artists. Teve sucesso no início de sua carreira durante os anos de 1940 e 50, em Nova Iorque. A sua pintura misturava estilos abstratos e expressionistas e chegou a fazer parte da amostra “Art of this Century” de Peggy Guggenheim Gallery e a sua obra foi objeto de crítica na imprensa especializada em arte.
Mas seu sucesso foi de curta duração, com o seu trabalho a ser eclipsado primeiro pelos pintores expressionistas abstratos e mais tarde com o surgimento da Pop Art . O artista é recordado neste filme pelo seu filho Robert De Niro, não tendo a sua condição homossexual sido iludida.

Segundo Eduardo Pitta, no Da Literatura: “Se A Bronx Tale (1993) foi uma homenagem discreta ao progenitor, Remembering the artist… não esconde nada. A HBO comprou os direitos, e o filme, com a duração de 40 minutos, vai ser distribuído para todo o mundo a partir de Junho. Robert De Niro Sr. (1922-1993) esteve casado pouco mais de um ano, e o filho vem agora explicar porquê.”

sobre o filme

Poesia – considerações de Cristina Carvalho

Que não é estado de espírito; que não é necessidade; nem intempérie de amor, nem rumor ou piedade, nem doença nem saudade.

Não é, certamente, um acumular de palavras num esforço patético de dar voz aos amores e dar voz a coisa nenhuma.

A poesia, o texto poético nasce da vida e acompanha a vida numa união imperceptível que se adensa na progressão infinita, que se espraia e se entende e purifica e anima e constrói. É uma arte. E como toda a arte tem uma linguagem que permite tudo, sempre. As obras e os atos do homem ou se condenam ou se purificam e a poesia ou os eleva ou os atinge.
Um livro de poemas não é algo que se devore instantaneamente. O leitor recebe a poesia preparado para a receber. Não porque um poeta seja uma pessoa diferente das outras. A poesia é que é uma arte distinta, é uma arte de palavras e nada tão difícil de saborear como uma palavra nascida e escrita e alinhada que pretende dizer sobre a alma, sobre a vida, sobre os Homens. A poesia pode dizer tudo o que quiser. Pode ser lamacenta ou transparente, vertigem ou luz do luar.

(Este texto está incluído no livro Rómulo de Carvalho/António Gedeão – Biografia)

Leia a recensão no Acrítico – leituras dispersas.

Rui Chafes no Centro de Arte Moderna

Esta exposição antológica do escultor Rui Chafes é, no que respeita ao número de obras, a maior mostra de sempre do artista português no nosso País. O Peso do Paraíso reúne vinte anos de produção daquele que é um dos mais importantes artistas da sua geração e ocupa tanto o interior como o exterior do Centro de Arte Moderna, prolongando-se pelos jardins da fundação.

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Do Branco ao Negro

Do branco ao negro é uma coletânea sobre a diversidade, onde a cor é elo de ligação.

A Sextante Editora publica, a 21 de fevereiro, Do branco ao negro, uma coletânea de doze contos coordenada pela jornalista São José Almeida e ilustrada por Rita Roquette de Vasconcellos, onde cada história tem por base uma cor.

São de diferentes origens e estilos as autoras que participam neste livro: Ana Luísa Amaral, Ana Zanatti, Clara Ferreira Alves, Eugénia de Vasconcellos, Elgga Moreira, Lídia Jorge, Maria Isabel Barreno, Maria Teresa Horta, Raquel Freire, Rita Roquette de Vasconcellos, São José Almeida e Yvette Centeno. Cada uma conta, neste livro, uma história em homenagem aos que vão perdendo a sua capacidade de as contar, uma vez que os direitos de autor revertem na íntegra para a Associação Alzheimer Portugal.

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Mudar o Mundo

Exijam o impossivelNoam Chomsky e David Barsamian analisam as grandes questões do século XXI.

Mudar o Mundo reúne as conversas entre Noam Chomsky e David Barsamian sobre as grandes questões que se impõem no despontar do século XXI, ao nível político, social e do indivíduo como parte da sociedade, explorando as preocupações mais urgentes e imediatas: o futuro da democracia no mundo árabe, as implicações do desastre nuclear de Fukushima, a «luta de classes» entre os interesses económicos dos EUA e os trabalhadores e classes menos favorecidas, o desmoronamento das instituições políticas mais populares e o aumento de poder da extrema-direita.
Um olhar lúcido e atento sobre o mundo, por uma das figuras de
maior relevo do século XX.

A partir de hoje nas livrarias.

V Encontro Livreiro

O último domingo de Março está a aproximar-se. Este ano calha no dia 30.

E o que acontece de há cinco anos para cá no último domingo de Março?

O ENCONTRO LIVREIRO, pois claro!

Vá-se preparando para vir nesse dia até à livraria Culsete, em Setúbal, e ficar por aqui a partir das 15 horas, falando de livros, leitura, livrarias e outros assuntos afins, acompanhado de boa música, de um cálice de Moscatel e de outras delícias aqui da terra.

Saiba mais aqui.

 

Engenharia portuguesa premiada

O Engenheiro português Armando Rito recebeu ontem em Bombaim, Índia, o prémio Freyssinet um dos maiores prémios de engenharia civil mundial.

O prémio é atribuído de 4 em 4 anos pela FIB (Federação Internacional de Betão), sediada em Lausane, Suiça. Vai na sua 4a edição e distingue figuras de relevo na área do betão estrutural.

Armando Rito tem no currículo diversos projectos de pontes e estruturas especiais. Recebeu vários galardões nacionais e internacionais. O mais significativo talvez tenha sido em 2011 quando recebeu o prémio Secil pelo projecto da ponte 4 de Abril em Angola (ver foto no final do texto).

Este prémio deve deixar os portugueses orgulhosos pois permite atestar a qualidade da engenharia civil de Portugal e dos engenheiros portugueses.

(fonte: Engenharia Portugal)

Citando Sónia Cravo

Sónia

Lá fora, vibram soluços a lembrar-me o tilintar da minha primeira bicicleta. Eu era tão pequena e ainda tinha o cabelo louro; e ela, tão grande. Roda 26. Um dia, sem travões, caí num monte de estrume. Bosta de vaca. A minha mãe não pôde deixar de rir. Um destes dias acontece uma desgraça e depois quero ver!, dizia. Mas a única desgraça chegou meses depois, quando, em vez duma bicicleta para o meu tamanho, recebi uma máquina de escrever.

(retirado do Facebook)

No Harém de Kadhafi

Hoje, 7 de fevereiro, sob a chancela Albatroz, é publicado No Harém de Kadhafi, um livro que relata na primeira pessoa a história de uma das escravas sexuais de Muammar Kadhafi, escrito pela mão da grande repórter do Le Monde Annick Cojean.

Surpreendente e inquietante, este é um testemunho atual de Soraya, uma rapariga capturada aos 15 anos pelo então Chefe de Estado da Líbia. Neste livro, ela revela os crimes que viveu e testemunhou até conseguir fugir do quartel-general de Bab Al-Azizia.

Annick Cojean conheceu Soraya logo após a morte de Kadhafi, em Trípoli, e foi ela a confidente de uma história e de um tempo sobre os quais a Líbia ainda não quer falar.

 

Churrasco ao sol

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Depois de uma temporada na Nigéria, onde ainda se usa lenha para cozinhar os alimentos, o professor do MIT- Massachusetts Institute of Tecnology, David Wilson, criou o Wilson Solar Grill.

O grelhador  armazena energia térmica até 25 horas de uso, alcançando a temperatura de 230ºC. Para os amantes do ambiente.

leia mais aqui e veja o vídeo.

O Estranho Caso de Sebastião Moncada

O autor de Uma Fazenda em África regressa com romance passado nas Guerras Liberais. Hoje, no ECI, é lançado o novo romance de João Pedro Marques, O Estranho Caso de Sebastião Moncada.

Combinando intriga, crimes e paixões no tempo das Guerras Liberais, este é o novo livro do autor que, com Uma Fazenda em África, um dos bestsellers de 2012, publicado pela Porto Editora, se guindou ao primeiro plano do romance histórico português.

Para além das personagens ricas e da trama misteriosa, o rigor histórico a que o autor já nos habituou completa este livro surpreendente e permite-nos conhecer melhor os primeiros passos da guerra civil portuguesa e o Cerco do Porto de 1832.

Hoje no El Corte Inglés, no restaurante, piso 7, pelas 18:30. A apresentação estará a cargo da historiadora Maria de Fátima Bonifácio.

 

Grant’s True Tales – Lisboa 2014

O festival de storytelling “Grant’s True Tales”, o maior evento do género em Portugal, está de volta. O formato do evento é simples: grandes personalidades partilham histórias verdadeiras. A edição de 2014 terá lugar de 27 de Fevereiro a 1 de Março, no Cinema São Jorge. O anfitrião é, uma vez mais, o actor Joaquim de Almeida.

 

Era bom que trocássemos umas ideias sobre o assunto

Era Bom

Mário de Carvalho convoca-nos num dos seus romances mais interventivos

A Porto Editora publica, no dia 7 de fevereiro, Era bom que trocássemos umas ideias sobre o assunto, um romance marcante de Mário de Carvalho, o primeiro onde o autor coloca em evidência o seu descontentamento para com a sociedade, a política, o elitismo ideológico, a burocracia.

Protagonizado por dois filhos da Revolução de Abril, este é um livro que faz uma crítica social mordaz, mas bem-humorada, e que nos questiona sobre se «a realidade é muito abusadora». Logo no início do romance, fica a advertência:

Este livro contém particularidades irritantes para os mais acostumados. Ainda mais para os menos. Tem caricaturas. Humores. Derivações. E alguns anacolutos.

 

Memória dos Campos

“Memória dos Campos” é conhecido como o documentário nunca visto de Alfred Hitchcock sobre o Holocausto. A película, realizada em 1945 para mostrar aos alemães as atrocidades nazis e vetada pelos aliados devido à brutalidade das suas imagens, está finalmente pronta para ser mostrada ao público.

Em 1945, Alfred Hitchcock ficou em choque. O “mestre do suspense” ficou tão horrorizado ao ver as imagens da chegada das tropas aliadas aos campos de concentração, no fim da Segunda Guerra Mundial, que ficou uma semana sem conseguir voltar aos estúdios. Em seguida, empenhou-se na produção do filme, que editaria as imagens chocantes para mostrar aos alemães a dimensão dos horrores do Holocausto.

Leia mais aqui. Também está disponível uma impressionante versão do filme de Hitchcock.

 

Citando Amélia Vieira

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São tão bonitos os Poetas! Há neles uma luz, uma doçura, uma força…. Aquilo tudo é esculpido pelo espírito, mesmo Baudelaire tinha algo no meio daquela zanga aparente…uma pureza qualquer indefinida. Têm a alma lavada do dejecto sulforoso do mundo… têm asas no olhar e olham-nos como crianças disponíveis, assombradas, mas sempre cheios de amor. São frágeis nas suas lianas mais subtis…são desprotegidos e acreditam que um Anjo os conduz eternamente pela mão. Os dedos enrijecem-lhes de frio e de pavor, por vezes, depois levantam-se e dão, acrescentam a vida das coisas do futuro, estão enamorados da visão alta e bela do para além, e o seu lema é não prestarem atenção, porém, darem testemunho de tudo. São criaturas dentro de si, felizes e dignas de serem contempladas. Estão perto das fontes e não sabem porquê. Só sabem que lhes traz responsabilidades e deveres tão rigorosos como se vivessem em terreno alheio. Amam, e não sabem porque prender é uma forma de pronunciar o verbo que lhes sobe em forma de presente eterno.

Citando Bruno Vieira Amaral

As primeiras coi

“Da mãe, os filhos só vêem o que é mãe. Só conhecem a mãe. A mãe é sopa e o cheiro dos refogados. A mãe é a mão que esfrega as costas no banho, que escova o cabelo enriçado, que seca o cabelo molhado, a mão que afaga, que estraga. A boca que sopra a sopa, que sopra a ferida. Os filhos são os parasitas da mãe. Comem-lhe o coração que cresce da noite para o dia para que nunca lhes falte o pão-coração. O que é que a mãe quer? A mãe não quer nada. Quem tem mãe, tem tudo, diz a quadra, e quem é tudo não precisa de nada.”

Excerto de uma nota de rodapé do livro As Primeiras Coisas, de Bruno Vieira Amaral, Quetzal.

 

Cidade Proibida – nas livrarias.

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No ginásio que frequentava havia quem conhecesse Lisboa, uma cidade, diziam, «cheia de sol e de moscas», onde os bares fecham «praticamente de manhã» e as pessoas «vão de carro
à mercearia da esquina». Num bar de Old Compton Road também lhe disseram que os rapazes portugueses eram bonitos e, por norma, cooperantes.
– Cooperantes como? Como em Marrocos?
– Não é a mesma coisa. Os magrebinos são insistentes. Os portugueses empatam, raramente sorriem, preferem ser seduzidos… Quando estão no ponto, vale tudo.
– E são mesmo bons…?
– Gorgeous!

Eduardo Pitta revela-nos, numa linguagem áspera, sem nunca perder a elegância, uma realidade que muitas das vezes nos passa ao lado, ou não, mas que insistimos em não reparar, como se nos fosse proibido ver. Quando acreditávamos que certos tabus haviam caído em desuso, eis que, em pleno retrocesso civilizacional, assistimos ao regresso de todas as fobias. O jogo institucional dos capados impõe a sua visão de uma sociedade homofóbica.

O mais que fez (o gato Teddy) foi esperar três dias. Assim que intuiu o carácter definitivo da mudança, urinou sem complacência na porta do quarto do dono. Passava a ser o macho da casa.

Todos temos os nossos rituais de afirmação, mais ou menos exuberantes.

Cidade Proibida de Eduardo Pitta chega hoje, quarta-feira, às livrarias. Leitura obrigatória.

Citando John Wolf

Um porta-chaves que não é uma coisa nem outra. Porque a ranhura é um perigo. Parece insignificante, mas já vi muitos e bons homens desaparecerem por esse buraco que anunciam como fenda, a passagem estreita de um gargalo mentiroso. Daqui a umas horas, quando regressarem a casa, dirão algo que soa a absurdo: que nunca tinham ouvido falar. Que nunca tinham estado na presença de um homem que se revisita sem despudor. Que nunca poderiam imaginar uma língua cumprida à risca, instruída por problemas de consciência.

Contagem Descrente é o mais recente livro de John Wolf, um pungente testemunho de quem não se conforma. Numa lucidez verbalizada, estamos perante um ato de rebelião, um acordar de consciências mas só para não descrentes.

leia mais no Acrítico – Leituras dispersas.

Cidade Proibida – Eduardo Pitta

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Sete anos depois da primeira publicação, regressa finalmente às livrarias Cidade Proibida, um romance desassombrado que retrata com intensidade e mestria o universo gay, o prazer erótico e a transgressão.

Uma história de amor e sexo passada em Lisboa, entre um filho de muito boas famílias, da melhor sociedade lisboeta, e um inglês que aqui trabalha como professor.
Com a homossexualidade como pano de fundo, Eduardo Pitta retrata neste romance singular uma Lisboa de privilegiados, onde o amor ocupa um lugar sempre periclitante.

Esta edição da Planeta chega às livrarias no próximo dia 23 de Janeiro.

Eduardo Pitta Nasceu em 1949. É poeta, escritor, ensaísta e crítico. Tem poemas, contos e ensaios publicados em revistas de Portugal, Brasil, Espanha, França, Itália, Colômbia, Inglaterra e Estados Unidos.
É colunista da revista LER, crítico literário da revista Sábado e autor do blogue Da Literatura.
Tudo sobre o autor em www.eduardopitta.com

Ensina RTP

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Um ponto de encontro com o conhecimento.

O novo portal de educação da RTP junta vídeos, áudios, fotos, textos e infografias produzidos pelo serviço público de rádio e televisão nos últimos anos. Integra também uma área infantil onde os mais pequenos podem encontrar músicas, jogos e vídeos.

Conheça o portal aqui

Muito Cá de Casa com Agualusa

Agualusa2Quando a água cobre todo o planeta e a temperatura sobe, o homem é expulso da terra. E para onde vai o homem quando perde o chão? VAI PARA O CÉU.
Esta sexta-feira, na Casa da Cultura de Setúbal, foi noite de Agualusa. Quando lhe foi dada a palavra, usou-a como uma balsa salva-vidas, dessas que entram no seu mais recente romance, A Vida no Céu. Elevou-se, então, aos céus e convidou-nos a acompanhá-lo. Tranquilo, dotado de um sentido de equilíbrio, típico dos nefelibatas, Agualusa falou com desassombro, não evitando as perguntas do “politicamente incorreto”, ciente que o poder, em qualquer parte do mundo, não lê. Apenas se incomoda com as entrevistas.

O seu discurso tem o tom aveludado da escrita que imprimiu a este romance. Escritor do mundo, Agualusa, lança sobre a vida um olhar rico de experiência, temperado pela multiculturalidade de quem vive entre três países e o resto do mundo. O escritor, nas suas palavras, transformou-se em caixeiro-viajante dos livros, com todo o seu lado enriquecedor.
Foi uma sessão com a sala a transbordar, pessoas a assistir de pé, algumas à porta. Embarcámos nesta aventura e estendemos o nosso olhar sobre as lonjuras apenas possíveis de alcançar nas grandes planícies africanas. Fomos todos nefelibatas por uma noite.

Agualusa na Casa da Cultura de Setúbal

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José Eduardo Agualusa vai estar hoje à noite no casarão da cultura setubalense. “Depois que o mundo acabou fomos para o céu”. Assim começa o seu mais recente livro. Um livro que fala de umas cidades que circulam nos céus. A vida na Terra torna-se impossível. A humanidade encontra a solução nos ares. “A Vida no Céu” é um belíssimo romance. E vai dar uma bonita conversa com o autor. Digo eu, que estou com os pés bem assentes na terra.

O Muito cá de Casa é uma iniciativa da DDLX e da Câmara Municipal de Setúbal – Divisão de Cultura, e conta com a colaboração de PNet Literatura, livraria Culsete, Ler de Carreirinha e BlogOperatório.

 

Citando Cristina Carvalho

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(…) Por esta altura do dia em que já era noite, os teus pais dormiam, todos dormiam em todo o lado excepto tu que pé ante pé e com dedos de veludo abrias a porta da rua e deixavas entrar esse rapaz. Ele tinha subido a escada quase invisível e no maior silêncio. Entrava. Não havia o menor ruído, nem beijos, nem afagos, nada! Deslizavam, então, para a cozinha e fechavas a porta. Um risco! A vida era arriscada! Uma aventura de ovos mexidos com rodelas de chouriço e os restos do pão do jantar. Esfomeados! Vocês andavam esfomeados! Havia o risco do cheiro das rodelas do chouriço a fritar na pequena frigideira, havia o risco do ruído produzido pelos maxilares a triturar o pão já ressequido, o risco dos ovos a ser partidos, o risco do garfo a bater os ovos, o risco da vontade de comer, o risco da vontade de beijar, o risco da vontade de tu mexeres no corpo dele, o risco da vontade dele mexer no teu corpo, o risco dos dois corpos, o risco do desejo, o risco de o conter, o risco de o não conter, o risco do risco. A tua vida era um risco.

Cristina Carvalho em “ANA DE LONDRES” – publicado por Parsifal. No PNL (Plano Nacional de Leitura) para o ensino secundário (10º, 11º e 12º anos)

Leia a recensão no Acrítico- leituras dispersas.

 

Citando Ana Saragoça

Quando fores mae

Se engolires a pastilha, morres.

E de repente – glup! – engoli a porcaria da pastilha. Senti-a nitidamente descer-me o esófago e chegar-me ao estômago, cada vez mais comprida e rarefeita, colando-se-me às entranhas e paralisando-as. Nem tive força para gritar: ergui a cabeça de supetão e fiquei a olhá-las às duas, a minha mãe e a minha avó, de agulhas em movimento e a terem conversas insignificantes, sem fazerem a mínima ideia de que dentro de momentos EU IA MORRER! Tive tanta pena delas… Comecei a imaginar os seus choros e gritos, o meu funeral num caixãozinho branco (sim, com a minha idade as crianças iam a velórios e funerais e estavam familiarizadas com tudo aquilo), o cortejo infindável de vizinhos e amigos, os soluços, o meu enterro na campa onde já estava o meu avô…
Foi uma surpresa imensa encontrar-me viva e na minha cama na manhã seguinte. E passaram anos até voltar a atrever-me a comer uma pastilha.

Quando Fores Mãe, Vais Ver, de Ana Saragoça

Leia mais sobre este livro no Acrítico – Leituras dispersas.

TAS – A Estrela de Seis Pontas

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O TAS-Teatro Animação de Setúbal, vai estrear no próximo dia 10 de Janeiro às 22h a sua 122ª produção, “A Estrela de Seis Pontas” de Manuel Tiago.
A dimensão humana, do presidiário, foi sendo transformada através de vários personagens e episódios/situações pontuais, o relato de vida na prisão nos anos de 1940-50 e da resistência dos comunistas à ditadura de Salazar e Marcelo Caetano, das prisões políticas e das perseguições da PIDE/DGS.”

O Texto “Estrela de Seis Pontas” da autoria de Manuel Tiago (Álvaro Cunhal), tem adaptação de Carlos Curto, que o concebeu e dirigiu, e é interpretado pelo Ator José Nobre, contando igualmente com a  participação de Carlos Curto.

“A Estrela de Seis Pontas” estará em cena durante o mês de Janeiro às sextas e sábados às 22:00h e domingos às 16:00h. Após o Mês de Janeiro, ficará disponível para digressão.

TAS – Teatro de Animação de Setúbal

 

Citando Sónia Cravo

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Os olhos dela espelham um misto de nervos e humilhação e desordem. É um derrame infinito, é um desejo quase constante de estar noutro lugar qualquer, sinta embora que, nesta vida, há muito a suportar.
É uma vontade imensa de beber, beber também por isto. A governanta, sentada ao seu lado, está em silêncio; arruma a caixa de costura.
– Estou a … – balbucia Lia.
– Vou para o escritório, chama-me quando o jantar estiver pronto – interrompe Custódio, cortando pela raiz o que quer que ela fosse dizer.

Deste Lado do Mar Vermelho, de Sónia Cravo

Este é um livro sobre o medo. O medo da loucura, da normalidade, do segredo, o medo do medo. Neste livro existe um cão que se chama Pide e que é espancado. Este livro não é sobre o medo, é sobre a possibilidade de renascermos. (Acrítico – Leituras dispersas)

 

 

Pantera Negra – Eusébio 1942-2014

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Eusébio da Silva Ferreira deixou-nos a 5 de janeiro de 2014 mas as memórias prevalecem.

Aqui recolhemos alguns tributos em sua memória:

Sim: também tenho os meus heróis. Este viverá para sempre. Vi-o, pela primeira vez, a jogar tinha sete anos de idade. Continuarei para sempre a vê-lo jogar.E a vencer. Obrigado, Eusébio!
Luís Carmelo, professor universitário e escritor (do Facebook)

Encontrei-o uma vez em Maputo, conversámos por uns instantes. Mesmo tendo ficado um bocado apardalado com aquele encontro inesperado, impressionou-me principalmente aquele jeito tão simples e tão humano e tão contrário à soberba parva de alguns. No último ano da sua vida, integrou a Comissão de Honra das Comemorações do Centenário de Álvaro Cunhal. Era uma montanha de generosidade, de humildade, de integridade – e era o Eusébio.
Bruno Dias, Deputado da Assembleia da República pelo PCP (do Facebook)

Só uma vez, dois anos atrás, vi Eusébio pessoalmente. Eu estava num restaurante, e olhava a rua através da montra. Vi Eusébio sair de um automóvel, com enorme dificuldade, ajudado por um amigo. Atravessou a estrada, em direcção ao restaurante, apoiado no outro homem, com uma debilidade imensa, as pernas frouxas como papel ao vento. Foi nas pernas que fixei o olhar e o pensamento. Com aquelas pernas ele tinha conquistado o mundo, as mesmas pernas que agora se recusavam a deixá-lo avançar senão arrastando-se. É nesse momento em que vi Eusébio que penso hoje, sem me admirar, sem me entristecer. Um homem, por muito grande que tenha sido, começa a morrer muito antes da sua morte. Nós é que nos recusamos a pensar nisso.
Licínia Quitério, escritora e poeta (do Facebook)

Foi um grande futebolista, uma pessoa bem formada e fiquei sempre com a ideia de que era um homem muito modesto e muito simpático.
Mário Soares, ex-presidente da república (jornal Record)

Rui Zink – Casa da Cultura de Setúbal

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Dois homens batem à porta. «Bom dia, minha senhora, viemos para instalar o medo. E, vai ver, é uma categoria».
RUI ZINK. A INSTALAÇÃO DO MEDO

O escritor vai estar hoje em sessão Muito Cá de Casa, na casa da Cultura, em Setúbal. A instalação deste medo começa às 22 horas. E acabará quando a gente quiser. Que a gente não tem medo das horas.

O Muito cá de Casa é uma iniciativa da DDLX e da Câmara Municipal de Setúbal – Divisão de Cultura, e conta com a colaboração de PNet Literatura, livraria Culsete, Ler de Carreirinha e BlogOperatório.

A Misteriosa Mulher da Ópera

A Misteriosa Mulher da ÓperaA Misteriosa Mulher da Ópera by Afonso Cruz

Quantas mortes pode sofrer uma mulher? Uma mulher que regressa, ainda que num estranho jogo de espelhos ou de memória, é uma mulher que se torna múltipla de si. Este livro, um quase policial, abre com o Roda que mantém a mãe, já cadáver, deitada na cama. Roda também se esqueceu do rosto da mulher por quem se apaixonou. Desesperadamente procura encontrá-la, já não consegue ser feliz, pois não reconhece a cara da felicidade mesmo que passe por ela na rua.

A misteriosa mulher da Ópera, mais do que um rosto esquecido por Roda, é uma má tradução de uma história que alguém já não está disposto a viver: a segunda oportunidade que, acontecendo, é repudiada. Tudo, afinal, se resume a viver uma vida boa.

Ler mais em Acrítico – leituras dispersas

O Zelota

frenteK_ZELOTAO livro de Reza Aslan, O Zelota: A Vida e o Tempo de Jesus de Nazaré, vai ser adaptado ao cinema. A produtora Lionsgate adquiriu os direitos de adaptação da polémica biografia que mostra o lado mais humano e político de Jesus.

Após uma entrevista concedida à Fox News que se tornou viral nas redes sociais, Reza Aslan, um académico muçulmano de 41 anos, viu disparar o interesse no seu livro, catapultando-o para o top do New York Times e garantindo a venda dos direitos para dezenas de países. A notícia da adaptação ao cinema é o corolário dessa onda de atenção mediática em redor do livro. De acordo com um dos produtores, Aslan “escreveu um livro notável que consegue trazer o mundo antigo para o nosso tempo.”

O Zelota: A Vida e o Tempo de Jesus de Nazaré será publicado pela Quetzal em fevereiro de 2014.

Da Literatura – 9 anos

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Da Literatura, o blogue de Eduardo Pitta faz hoje nove anos. Cidadania e cultura, porque uma não sobrevive sem a outra.

Um olhar atento, disposto a correr riscos e a grande literatura, enchem as páginas deste blogue. Em tempos de retrocesso civilizacional, eis um dos grandes resistentes. Há que não ceder à indigência dos tempos e lutar pela cultura e pelos valores humanos. Uma leitura obrigatória. Crescemos nestas páginas.

daliteratura.blogspot.pt

 

DDLX – Olhar e perceber tudo

DDLX

Este ano é o 10º aniversário da DDLX.

Na DDLX o design é encarado como forma eficaz de comunicação, e a maneira mais útil de transformar ideias em objetos de divulgação e promoção.

Trabalhando em equipa, a DDLX tem experiência em convocar pessoas de outras áreas para projetos em conjunto.

Na DDLX acredita-se que o Design de Comunicação encurta a distância que existe entre quem quer divulgar e os possíveis utilizadores da comunicação divulgada. Essa é a sua missão.

www.ddlx.pt

 

O Botequim da Liberdade

botequimEra uma mulher inigualável. Nos caprichos, nos excessos, nas iras, nas premonições, nos exibicionismos, na sedução, na coragem, na esperança. Cantava, dançava, declamava; improvisava, discursava, polemizava como poucos entre nós alguma vez o fizeram, o somaram.
(Botequim da Liberdade, de Fernando Dacosta)

Natália Correia surge aqui num retrato de corpo inteiro, com seu lado inquieto a vincar estas páginas. O Botequim foi local de gente assídua e, provavelmente, com o Procópio das últimas tertúlias de Lisboa. Local de comunhão com pessoas de espírito e ousadia porque se deve evitar a cultura desvivenciada, pois só quando se está muito na vida se pode transmiti-la aos outros.

Ler mais no Acrítico – leituras dispersas.

Ponto de Equilíbrio

O GRUPO MANTÉM A FORMAÇÃO INICIAL COM O VOCALISTA HELIO BENTES, ANDRÉ SAMPAIO NA GUITARRA SOLO E BACKING VOCALS, LUCAS KASTRUP NA BATERIA, MARCIO SAMPAIO NA GUITARRA RÍTMICA, PEDRO “PEDRADA” CAETANO NO BAIXO, TIAGO CAETANO NOS TECLADOS E BACKING VOCALS E MARCELO “GRACIA” CAMPOS NA PERCUSSÃO.

A BANDA PONTO DE EQUILÍBRIO DIALOGA COM DIVERSAS VERTENTES MUSICAIS ENTRE BRASIL, JAMAICA E AFRICA, E ENTRE O AUTÊNTICO REGGAE ROOTS E HITS RADIOFÔNICOS ATUAIS. AS LETRAS ENFATIZAM A IMPORTÂNCIA DA IGUALDADE SOCIAL, O PONTO BUSCA O EQUILÍBRIO DO HOMEM, PERANTE AO MEIO AMBIENTE ATUAL.

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Prémios Time Out Lisboa 2013

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Ainda não é uma tradição milenar, mas havemos de lá chegar. Este ano, pela segunda vez, a Time Out Lisboa distinguiu os melhores da cidade nas diversas áreas. Saiba quem levou para casa um corvo dourado, bem como todos os nomeados nas respectivas secções.

O vencedor do prémio o Livro do Ano: As Primeiras Coisas de Bruno Vieira Amaral.

«Com As Primeiras Coisas, Bruno Vieira Amaral faz a história do Bairro Amélia, na margem esquerda. O livro abre com um prólogo de 47 páginas e dezenas de notas de rodapé. O texto é brilhante. O autor tem voz própria e não se confunde com nenhum dos seus pares: «Quando, em finais dos anos noventa, voltei costas ao Bairro Amélia, com os seus estendais de gente mórbida, a banda sonora incessante das suas misérias, nunca pensei que a vida me devolveria ao ponto de partida.» A estrutura narrativa assenta numa sucessão de 86 “fichas” temáticas de dimensão variável, ordenadas alfabeticamente, de Aborto a Zeca. Para já, uma certeza: temos escritor.»
Eduardo Pitta, Da Literatura.

Citando Natália Correia

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No princípio era o Éden, o reino da Preguiça, da não-produção, da não-reprodução. Ao castigar o homem expulsando-o dele, Éden, Deus condenou-o a ganhar o pão com o suor do rosto e a crescer, multiplicando-se – penas malvadas na óptica do Criador.

Os seus representantes na Terra (caso dos sacerdotes) ver-se-iam, depois, bastante atrapalhados ao terem de apresentar como entusiasmantes tais desígnios.
Inconformados com eles, os humanos mais expeditos lançaram-se, entretanto, no fabrico de máquinas e meios (informática, pílula) atenuadores das penas sofridas.
Contrariando o Pai, Jesus Cristo deu aos calões uma excelente ajuda: não arranjou emprego, não constituiu família, não fez filhos, não andou em escolas, não pagou impostos, não cumpriu tropa, não votou em políticos; em certa ocasião, avisou até que «quem deitar mão do arado não é digno de entrar no reino dos céus».

O Botequim da Liberdade, de Fernando Dacosta.

Adote um livreiro.

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Digo sempre, “vou à Bertrand”. Já ninguém usa a palavra “livraria”. A minha Bertrand fica ali, no centro comercial, mesmo ao lado do Pingo Doce, o que dá muito jeito.

Hoje, o conceito de livraria é esse: um espaço aberto para uma rua interior onde as pessoas desfilam em passo lento: o “passo de compras”. Quando entro não espero ser reconhecido por quem me atende, não espero uma sugestão ou uma troca de ideias. Isso não faz parte do modelo de negócio. Aliás, é suposto que, quem atende, interfira o menos possível na compra. A fidelização do cliente faz-se de forma asséptica, pela via do cartão de pontos. O contacto com o cliente e a divulgação são assegurados por correio eletrónico.

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Em defesa das Bibliotecas Públicas

Esta importante declaração reconhece a utilidade dos serviços essenciais prestados pelas bibliotecas públicas nas comunidades espalhadas pela UE, as quais oferecem oportunidades de aprendizagem ao longo da vida, inclusão social e digital e de procura de emprego. Salienta, sobretudo, o facto de as bibliotecas públicas não se limitarem apenas à cultura e aos livros – representam uma sólida rede pan-europeia, composta por 65 000 instituições comunitárias que trazem benefícios positivos a nível educacional, social e económico aos 100 milhões de utilizadores de bibliotecas existentes em todos os Estados-Membros da UE.

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Contagem Descrente – John Wolf

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“O manual de instruções de uma passadeira de fitness ganha vida e questiona as intenções do utente, a ligeireza da perda de peso por oposição à profundidade da vida.

Um bombista suicida gay que decide arrasar com o quartel e o general traiçoeiro − o fundamentalismo político ou religioso cede lugar às razões de peito, de paixão e do amor. O encontro marcado de mulheres que procuram resolver diferendos antigos, mal-entendidos de café. As mulheres envolvidas na discussão chamam-se todas Sofia. São todas umas Sofias. Saíram-nos cá umas Sofias. A triste figura de um quarentão, bonacheirão que não consegue emancipar-se da mãezinha. Quando um dia ganha a coragem para o fazer, entorna ainda mais o caldo: agarra-se à saia da madrinha” – estes são alguns dos territórios por onde viajam os personagens e as narrativas irónico-filosóficas de John Wolf. O vai e vem entre a terra e os céus balança o leitor entre várias dimensões, gerando náuseas ou felicitações.

Lançamento no dia 12.

Mandela – O Rebelde Exemplar

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Mandela contado aos jovens, porque é importante não esquecer.

A primeira biografia completa de Nelson Mandela, especialmente pensada para jovens, escrita pelo jornalista António Mateus, o maior especialista português na vida e obra deste grande homem que inspira o mundo.

Mandela, criança e adolescente rebelde, Mandela, incansável trabalhador na luta pelo seu próprio futuro e pelo dos seus concidadãos, nas luta pelos direitos básicos, Mandela, o sedutor, o marido ausente, o pai. Mandela, o guerrilheiro, Mandela, o preso político mais famoso do mundo. Mandela, o sofredor que ninguém quebrou. Mandela, o ser humano que cresceu toda a vida em sabedoria e transmitiu ao mundo o conceito mais rico da filosofia africana: Ubuntu. Mandela, o Nobel da Paz que soube ultrapassar cor, raça, religião e diferenças culturais ou políticas para ser um exemplo para o mundo.

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As Primeiras Coisas – Biblioteca do Barreiro

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Memórias, embustes, traições, homicídios, sermões de pastores evangélicos, crónicas de futebol, gastronomia, um inventário de sons, uma viagem de autocarro, as manhãs de Domingo, meteorologia, o Apocalipse, a Grande Pintura de 1990, o inferno, os pretos, os ciganos, os brancos das barracas, os retornados: a Humanidade inteira arde no Bairro Amélia.

Este sábado na Biblioteca Municipal do Barreiro coma presença do autor.

leia as primeiras páginas aqui.

A Filha das Flores, de Vanessa da Mata

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Vanessa da Mata estreia-se na literatura com este romance A Filha das Flores.

A sua escrita tem um lado incomum, um registo que vai muito para além do linguarejar típico brasileiro: são palavras moradoras de construções de versos e de desvios tontos que dão direções a novos significados. Tem a sonoridade de imprevisíveis metáforas que invocam a arte de poetas sensíveis, e atesta a eficácia com que domina o lado oficinal da literatura. Estamos perante uma escrita trabalhada, séria, testemunho do empenho oficinal de quem não se importa de molhar o vestido pelo avesso no suor.

leia mais no Acrítico – leituras dispersas

Citando Licínia Quitério – Disco Rígido

Disco RígidoOs loucos não eram gente boa. O sangue deles era sujo. Nada de confianças. A miúda ainda não sabia o que era consanguinidade e incesto. Nem a tia lhe falaria sobre isso. No dia em que o Aldino apareceu morto de muitas facadas e o filho, ou irmão, foi preso, a miúda ficou muito triste. Dona Arminda conformava-a:
– Filha, eles são assim. Matam-se. Têm sangue sujo.
Era Verão e o cheiro a azedia envolveu toda a aldeia. Nem a saleta da Dona Arminda escapou. Foi esse o Verão em que chegou o músico.

Disco Rígido, de Licínia Quitério

Excerto do conto “Azedia”, incluído em “DISCO RÍGIDO”, livro a ser lançado no próximo Sábado, 7, na Casa de Cultura D. João V, em Mafra, pelas 15 horas. A apresentação está a cargo do Professor Doutor Vítor Pena Viçoso